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Aviação / Turismo em Dados

Iata pede decisões ‘baseadas em dados’ para garantir a liberdade de viajar

Viajantes também afirmaram que estão dispostos a utilizar passaportes digitais de saúde

A Iata informou que as evidências continuam mostrando que a vacinação protege os viajantes de doenças graves e da morte, além de envolver um baixo risco de introdução do vírus nos países de destino

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) pediu aos governos decisões baseadas em dados para gerenciar os riscos da Covid-19 ao reabrir as fronteiras para viagens internacionais. Segundo o órgão, estratégias sem quarentena permitem a retomada das viagens internacionais com baixo risco de introdução de Covid-19 no destino da viagem.

“Os dados devem ser usados como base para a criação de políticas que gerenciam os riscos da Covid-19 para a retomada das viagens em todo o mundo, protegendo as populações, restabelecendo empregos e impulsionando as economias. Apelamos aos governos do G7, que se reunirão no fim deste mês, para usarem os dados disponíveis ao planejar e coordenar com segurança a restauração da liberdade de viajar”, disse Willie Walsh, CEO da Iata.

A Iata informou que as evidências continuam mostrando que a vacinação protege os viajantes de doenças graves e da morte, além de envolver um baixo risco de introdução do vírus nos países de destino:

  • O Robert Koch Institute (RKI) concluiu que os viajantes vacinados deixaram de ser agentes significativos na disseminação da doença e não representam um grande risco para a população alemã.
  • O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças lançou um documento de orientações preliminares sobre os benefícios da vacinação completa, no qual afirma que “a probabilidade de uma pessoa vacinada infectada transmitir a doença é atualmente avaliada como muito baixa a baixa”.
  • Nos Estados Unidos, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (US CDC) observaram que, “com uma vacina 90% eficaz, o teste pré-viagem, o teste pós-viagem e a quarentena de 7 dias fornecem um benefício adicional mínimo”.
  • O Canadian Testing and Screening Expert Advisory Panel (Painel Consultivo de Especialistas em Testes e Triagens) recomenda que viajantes vacinados sejam isentos das medidas de quarentena.
  • Um estudo da Public Health England concluiu que as duas doses da vacina da COVID-19 são altamente eficazes contra as variantes da COVID-19.

Teste para viajantes não vacinados

Um desafio é o possível obstáculo para viajantes não vacinados, o que criaria uma exclusão inaceitável. Dados do NHS do Reino Unido sobre viajantes internacionais que chegam ao país (sem referência ao status de vacinação) mostram que a grande maioria dos viajantes não apresenta risco de introdução de casos de Covid-19 após a chegada.

  • Entre 25 de fevereiro e 5 de maio de 2021, 365.895 testes foram realizados em passageiros que chegaram ao Reino Unido. Antes da viagem, eles apresentaram resultado negativo no exame de PCR. Apenas 2,2% apresentaram resultado positivo para COVID-19 durante as medidas universais de quarentena após sua chegada. Destes, mais da metade eram de países da “lista vermelha”, considerados de risco muito alto.
  • Das 103.473 pessoas que vieram da UE (excluindo a Irlanda), 1,35% tiveram resultado positivo. Três países – Bulgária, Polônia e Romênia – foram responsáveis por 60% dos casos positivos.

A Iata uniu-se à Airbus e à Boeing para apresentar possíveis métodos para gerenciar os riscos da COVID-19 e manter as populações seguras na retomada da conectividade global. A aviação, incluindo os fabricantes, gerencia e reduz os riscos com eficácia todos os dias para manter as viagens aéreas seguras. Com isso, a Airbus e a Boeing desenvolveram modelos de gerenciamento de risco baseados em dados para entender o impacto das várias opções.

A Airbus analisou o risco ao longo da viagem

Com foco nos riscos ao longo de toda a viagem, a Airbus considerou em seu modelo mais de 50 variáveis (como número de casos confirmados e fatalidades por país, estratégias de teste de COVID-19, estatísticas de tráfego, duração do voo, tempo gasto nos terminais do aeroporto, fornecimento de alimentos e ar condicionado a bordo). As suposições para o modelo foram baseadas em mais de doze fontes de dados (incluindo o US CDC e a Organização Mundial da Saúde).

Os resultados do modelo foram cruzados com dados reais e observações de viagens. Usando os dados atuais de incidência da Covid-19 e não levando em consideração os viajantes vacinados (pois isso diminuiria o risco de infecções), os resultados incluíram:

  • Origem de alta incidência para destino de média incidência – América Latina e Caribe (292 casos a cada 100 mil habitantes) para o Canadá (95 casos a cada 100 mil habitantes): considerando o mesmo tráfego de 2019 e sem nenhum teste, prevemos que a incidência local no Canadá aumentaria pouco mais de 1 caso a cada 100 mil habitantes devido aos casos importados ao longo de 14 dias. Com um único teste de PCR antes da viagem, esse número cairia para menos de 1 caso a cada 100 mil habitantes.
  • Origem de média incidência para destino de média incidência – Europa (111 casos a cada 100 mil habitantes) para os Estados Unidos (81 casos a cada 100 mil habitantes): considerando o mesmo tráfego antes da COVID-19 e sem nenhum teste, o modelo criado pela Airbus prevê que as viagens aéreas ao longo de 14 dias adicionariam menos de 1 caso importado a cada 100 mil habitantes à incidência local nos Estados Unidos.
  • Origem de média incidência para destino de baixa incidência – Europa (111 casos de COVID-19 a cada 100 mil habitantes) para Cingapura (8 casos a cada 100 mil habitantes): em um cálculo conservador considerando o mesmo tráfego de 2019 e sem nenhum teste, prevemos que as viagens aéreas ao longo de 14 dias adicionariam pouco mais de 1 caso importado a cada 100 mil habitantes à incidência local em Cingapura. Com o teste PCR antes da viagem, esse número cairia para menos de 1.

A Boeing analisou a eficácia das estratégias de teste

A modelagem e a análise da Boeing mostram que os protocolos de teste são uma alternativa às medidas de quarentenas obrigatórias em muitos cenários de viagens. O modelo avalia a eficácia dos testes de passageiros e da quarentena em vários países pelo mundo. Vários fatores foram considerados, como taxas de prevalência da Covid-19 entre os países de origem e destino, eficácia dos testes de PCR e testes rápidos de antígeno e a linha do tempo da doença (progressão da doença) para passageiros com Covid-19. A análise mostrou vários achados importantes:

  • Os dados mostram que existem protocolos de teste (observados abaixo) tão eficazes quanto a quarentena de 14 dias.
  • Os protocolos dos testes reduzem o risco para o país de destino.
  • Os testes são mais benéficos para viagens partindo de áreas de maior prevalência para áreas de baixa prevalência.

 

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