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Aviação / Turismo em Dados

Iata prevê 83% dos passageiros pré-pandemia em 2022 e lucratividade em 2023

Adoção de máscaras está entre as medidas sugesridas. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Na América Latina, espera-se que a demanda atinja 94,2% dos níveis pré-crise (2019) e a capacidade 93,2% (Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) atualizou suas perspectivas para o desempenho financeiro do setor aéreo em 2022, à medida que a retomada segue em ritmo acelerado. Espera-se, portanto, que as perdas do setor reduzam para US$ 9,7 bilhões (em relação à previsão de outubro de 2021 de US$ 11,6 bilhões de prejuízo) para uma margem de perda líquida de -1,2%.

A Iata considera essa é uma grande melhoria em relação às perdas de US$ 137,7 bilhões (-36% de margem líquida) em 2020 e US$ 42,1 bilhões (-8,3% de margem líquida) em 2021. Ainda segundo a associação, a lucratividade em todo o setor em 2023 parece estar próxima, com previsão de lucro de US$ 8,8 bilhões para América do Norte já em 2022.

Os ganhos de eficiência e a melhoria dos rendimentos estão ajudando as companhias aéreas a reduzir as perdas, mesmo com o aumento dos custos de mão de obra e combustível (impulsionado por um aumento de +40% no preço mundial do petróleo). O otimismo da indústria e o compromisso com a redução de emissões são evidentes, com a previsão de entrega de mais de 1,2 mil aeronaves em 2022.

De acordo com a Iata, a forte demanda reprimida, o fim das restrições de viagens na maioria dos mercados, o baixo desemprego na maioria dos países e a expansão das economias pessoais estão alimentando um ressurgimento da demanda que fará com que o número de passageiros atinja 83% dos níveis pré-pandemia em 2022.

“As companhias aéreas são resilientes. As pessoas estão voando cada vez mais. As perdas serão reduzidas para US$ 9,7 bilhões este ano e a lucratividade está no horizonte para 2023. É um momento de otimismo, mesmo que ainda haja desafios relacionados aos custos, principalmente com combustível, e algumas restrições persistentes em alguns mercados-chave”, disse Willie. Walsh, diretor geral da Iata.

RECEITA – As receitas do setor devem atingir US$ 782 bilhões em 2022 (+54,5% em 2021), 93,3% dos níveis de 2019. Espera-se que os voos operados neste ano totalizem 33,8 milhões, o que representa 86,9% dos níveis de 2019 (38,9 milhões de voos).

DESPESA – As despesas gerais devem subir para US$ 796 bilhões. Esse é um aumento de 44% em 2021, que reflete tanto os custos de suporte a operações maiores, quanto o custo da inflação em alguns itens-chave.

América Latina

Os volumes de tráfego na América Latina se recuperaram de forma robusta em 2021, apoiados pelos mercados domésticos e relativamente menos restrições de viagem em muitos países. As perspectivas financeiras para algumas companhias aéreas, no entanto, permanecem frágeis e a região deve registrar um prejuízo líquido de US$ 3,2 bilhões este ano. Espera-se que a demanda atinja 94,2% dos níveis pré-crise (2019) e a capacidade 93,2%.

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