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John Rodgerson: “o problema do Brasil nunca foi capital, foi o custo alto”

O problema no Brasil nunca foi o capital, foi o custo alto, afirmou o CEO da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson

CEO da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson (Eric Ribeiro/M&E)

SÃO PAULO – Investimentos, custos, infraestrutura e o desenvolvimento deram o tom das fortes declarações do CEO da Azul, John Rodgerson, que marcou presença no painel “Cenário Brasil: Investimentos e Infraestrutura para crescimento da conectividade”, durante o II Fórum Conectividade. O executivo ressaltou o papel da iniciativa privada para desenvolver o setor, apontando os R$ 6 bilhões investidos pela companhia em 2019 para ampliar suas operações e adquirir aeronaves mais eficientes.

“É preciso que se crie condições para as empresas, mas temos que começar a investir mais. Temos que agir, pois isso é super importante para o futuro do Brasil. Só a Azul está investindo R$ 6 bilhões este ano em novas aeronaves, além de contratar 2 mil pessoas. Servimos o Brasil inteiro”, disse John, que lembrou do tamanho do potencial da companhia atualmente. “No pico, a Varig teve 250 voos por dia, enquanto a Azul terá mil só em dezembro. O Brasil é um país muito grande e as oportunidades são do mesmo tamanho”, completou o CEO.

Ainda falando sobre investimentos, John analisou a medida do governo que autorizou a abertura de 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas brasileiras, refutando a ideia de que isto seja uma solução para o mercado aéreo nacional. Neste contexto, citou o exemplo de São Paulo, que ao reduzir custos para aéreas, em decorrência do programa “São Paulo Pra Todos”, teve um retorno imediato e maior que o esperado.

“O problema do Brasil nunca foi capital, foi o custo alto. Temos burocracia e impostos que geram mais custos, precisamos mudar isso. O que foi feito no Estado de São Paulo gerou milhares de emprego mil voos a mais dentro do estado”, completa.

Infraestrutura

John apontou o quanto a falta de infraestrutura impede o crescimento do setor no Brasil, destacando o Aeroporto de Congonhas. “Um dos principais aeroportos é menos movimentado hoje que há 15 anos. Em Rondônia, eu falei para o governador que se ele melhorar os aeroportos eu dobro a quantidade de voos da Azul. Se você quer vender o país, temos que aumentar a capacidade dos aeroportos. Precisamos de mais aeroportos. Se o Brasil chegar aos mesmos viajantes per capita do Chile, vamos ter que dobrar o número de aeronaves no País” analisa.

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