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Aviação

Lufthansa corta mil empregos e reduz pela metade a entrega de aeronaves

Planejamento prevê otimizar conexões, melhorar a pontualidade e focar no mercado asiático

Lufthansa tem 22 mil trabalhadores em excesso

A Lufthansa cortará pela metade o número de novas aeronaves que serão entregues até 2023 e demitirá mil colaboradores como parte de um segundo pacote de medidas de reestruturação que foi anunciado nesta terça-feira (7). Entre as resoluções aprovadas pelo Conselho Administrativo da Lufthansa para amenizar o impacto causado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), está um número máximo de 80 aeronaves que a companhia poderá receber até 2023.

O total é cerca de metade do número de aeronaves que estavam originalmente previstas para chegar nos próximos três anos, dentro de uma estratégia planejada antes mesmo da pandemia. Embora não tenha sido especificado quais jatos deixariam de chegar, o Grupo Lufthansa tem cerca de 200 aeronaves encomendadas, de acordo com dados da Cirium. Entre elas, A220s, A320neos, A321neos, A350-900s, B777-9s e B787-9s.

Com relação as demissões, cerca de mil posições administrativas serão afetadas pela reestruturação do grupo alemão. Dentro desta demissão em massa, posições de liderança serão reduzidas em 20% por todo o grupo. No mesmo momento, o número de membros do conselho será reduzido a um para cada unidade da empresa, como área de cargas, treinamento e catering. Hoje, a Lufthansa tem 22 mil trabalhadores em tempo integral em excesso, ou seja, sem serviço.

Sendo assim, a companhia já está em contato com sindicatos e outras entidades que representam estes profissionais para que entrem num acordo sobre as medidas relacionadas a crise a fim de evitar ao máximo as demissões “sempre que possível”. De acordo com a Lufthansa, até o momento, apenas as negociações com a UFO, sindicato que representa comissários de bordo, foram bem sucedidas.

A Lufthansa descreve o financiamento do grupo como “atualmente seguro”, mas observa, no entanto, que um encargo adicional será imposto aos seus negócios nos próximos anos, à medida que os empréstimos e investimentos do governo a estabilizarem durante a pandemia. Por esse motivo, além da queda na demanda por viagens aéreas, “reduções sustentáveis ​​de custos” são inevitáveis, disse o Grupo Lufthansa, que tem como objetivo pagar logo os empréstimos do governo e investimentos adicionais “para evitar um aumento adicional nos juros”, acrescenta.

O primeiro conjunto de medidas do grupo, anunciado em abril, incluiu a redução de sua frota em 100 aeronaves e o fim das operações de sua unidade da Germanwings. As transportadoras do grupo tinham cerca de 750 aeronaves em serviço quando a crise do coronavírus começou. O programa de reestruturação “ReNew” do Grupo Lufthansa está programado para ser executado até dezembro de 2023.

Fonte: FlightGlobal

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