Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Aviação

O que está por vir para a Boeing e os voos comerciais

Conceito SUGAR Volt encaminhado pela Boeing à NASA

Conceito SUGAR Volt encaminhado pela Boeing à NASA


Em 2016 a Boeing comemora cem anos e quer iniciar as celebrações pensando no futuro. A empresa divulgou detalhes de alguns projetos de novas gerações de aeronaves comerciais que de acordo com ela, alguns desses conceitos podem ser incorporados em futuros produtos comerciais.

Low-boom Demonstrator e outros conceitos supersônicos da NASA – 
A Boeing participou de dois projetos da NASA: o low boom demonstrator e um projeto N+3 (aeronaves distantes três gerações das atuais). O low boom demonstrator foi um apelo da NASA aos parceiros da indústria para desenharem um conceito que viabilizasse viagens supersônicas em terra. Os voos supersônicos sobre terra nos Estados Unidos foram banidos devido aos estrondos sônicos gerados por essas aeronaves quando operadas acima da velocidade do som. O projeto ainda está em andamento e continua à medida que os recursos financeiros da NASA permitem.

“Além do low-boom demonstrator, a Boeing participou de outro projeto supersônico com a NASA. Esse estudo de transporte supersônico N+3 (ou três gerações distantes da atual) foi completado em 2010. A Boeing encaminhou os dados e os resultados do estudo à NASA, encerrando assim a participação da empresa no estudo. A Boeing segue investindo em P&D nessa área e continuará avaliando melhorias em tecnologias de última geração que consigam tornar as viagens comerciais supersônicas possíveis na prática”, afirmou a Boeing.

Projeto SUGAR –
O projeto SUGAR (Subsonic Ultra Green Aircraft Research) é um contrato concedido pela NASA à Boeing para identificar conceitos e tecnologias de transporte comercial para os anos de 2030 a 2050. Esses conceitos e tecnologias permitirão que aeronaves subsônicas alcancem metas de desempenho e ambientais arrojadas. “O conceito SUGAR Volt incorpora muitas tecnologias, entre as quais, uma asa de grande envergadura sustentada por uma espécie de treliça, e um sistema de propulsão híbrido, movido a gás e eletricidade. Esse conceito possibilita voos de longo alcance usando combustíveis convencionais, e voos curtos usando principalmente energia elétrica”, diz a Boeing.

Materiais avançados – A Boeing está continuamente pesquisando materiais avançados ou novos métodos de produção. Por exemplo, a infusão de resina na fibra de carbono se mostrou muito eficaz para a redução do peso e a simplificação da produção. Como primeiro teste desse método de produção, a Boeing desenvolveu uma carenagem traseira, peça que fica atrás do suporte do motor situado abaixo da asa. A Boeing testou a carenagem traseira em voo pela primeira vez no ecoDemonstrator 787, em 2014. Como resultado direto do teste no ecoDemonstrator 787, a carenagem traseira com infusão de resina será incorporada na produção do 787 no final de 2015. A Boeing planeja ampliar o uso do material em artigos de teste cada vez maiores em um futuro próximo.

Outro material avançado é o composto de matriz cerâmica. Esse material leve lembra a cerâmica usada na fabricação de jogos de jantar, mas é muito mais forte, leve e extremamente resistente ao calor. A Boeing também testou esse material no ecoDemonstrator 787, em 2014, na forma de um bocal de escape do motor. Realizado em parceria com a Rolls-Royce e o programa Continuous Lower Energy and Emissions da FAA, o projeto conseguiu provar que o material tem muito potencial para o futuro. A Boeing está avaliando os próximos passos para a ampliação do uso desse material.

O reuso do excedente de fibra de carbono do sistema de produção é outra prioridade da Boeing para ampliar o ciclo de vida total do plástico reforçado com fibra de carbono (CFRP, na sigla em inglês). A meta é aproveitar ao máximo o CFRP, dentro do viável, para fabricar partes não estruturais das futuras aeronaves. Em 2015, a Boeing testou portas de acesso ao combustível fabricadas com fibra reciclada no ecoDemonstrator e, mais recentemente, testou um suporte para o combustível da cabine de pilotagem feito com fibra reciclada e difusores de ar condicionado fabricados com material reutilizado do sistema de produção do 787. Esses artigos foram impressos por uma impressora 3D com fibra de carbono de reuso.

Pesquisa de biocombustíveis – Em conjunto com companhias aéreas parceiras e o programa ecoDemonstrator, a Boeing tem se mantido na vanguarda da pesquisa de biocombustíveis. Como parte do compromisso de proteger o meio ambiente e de apoiar o crescimento sustentável de longo prazo da aviação, a Boeing é líder da indústria em esforços globais voltados ao desenvolvimento e à comercialização de biocombustível de aviação sustentável. Um novo combustível de aviação sustentável é essencial para baixar as emissões de carbono da aviação comercial, tornar o setor menos dependente do combustível fóssil e atingir a meta setorial de crescimento neutro em carbono a partir de 2020.

“A Boeing está focada nos chamados biocombustíveis sustentáveis drop-in ou seja, biocombustíveis que podem ser misturados diretamente ao combustível de aviação tradicional à base de petróleo, sem alterações nas aeronaves, nos motores ou na infraestrutura de abastecimento. A meta da Boeing é que, até 2016, os biocombustíveis sustentáveis supram um por cento da demanda mundial de combustível de aviação, o equivalente a 600 milhões de galões (2.271,25 milhões de litros) de combustível para aeronaves. Um por cento normalmente representa o ponto de inflexão para mostrar a prova de conceito de uma nova tecnologia, impulsionando o aumento nos investimentos e acelerando a expansão do mercado”, finaliza a Boeing.

Receba nossas newsletters