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Aviação

Qatar quer US$ 5 bilhões de países árabes por bloqueio do espaço aéreo

Akbar Al-Baker, CEO da Qatar Airways

Akbar Al-Baker, CEO da Qatar Airways, afirmou que a companhia tentou por três anos resolver o impasse de maneira amigável.

A Qatar Airways está buscando na justiça internacional uma compensação financeira na ordem de US$ 5 bilhões do bloco composto por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein pelo bloqueio de espaço aéreo imposto a companhia. O impedimento ocorre desde 2017, quando os países cortaram relações diplomáticas com o Catar por um suposto envolvimento do país no financiamento de grupos terroristas.

A companhia reivindica uma compensação por danos financeiros em quatro órgãos arbitrários especializados em investimentos. A Qatar destaca que as medidas são relativas não somente aos prejuízos da companhia aérea, mas relativo também às suas operações globais e aos investimentos realizados nos quatro países.

Por causa das limitações, a companhia passou a utilizar o espaço aéreo do Irã para realizar suas rotas. O desvio tornou as rotas menos rentáveis, devido o aumento dos gastos com combustível.

IMPACTO NAS OPERAÇÕES DA QATAR

INFOGRÁFICO QATAR

“Depois de mais de três anos de esforços para resolver a crise de maneira amigável por meio do diálogo, não obtivemos resultados, logo tomamos a decisão de emitir avisos de arbitragem e buscar todos os recursos legais para proteger nossos direitos e garantir a compensação total pela violação”, afirmou o CEO da Qatar Airways, Akbar Al Baker, em comunicado divulgado nesta quarta-feira (22).

Vitória para Qatar

Na semana passada, o Tribunal Internacional de Justiça, principal tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU) para disputas entre países, foi favorável ao Catar contra Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein.

Os quatro países questionam que a Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO – sigla em inglês), agência da ONU para aviação, não teria autoridade para decidir sobre a disputa. Os juízes do TIJ, no entanto, entenderam que a entidade é competente para arbitrar a disputa.

O Catar rejeita as alegações de envolvimento com o terrorismo e argumenta que o bloqueio aéreo é contrário à Convenção de Aviação Civil de 1944, o acordo internacional que levou à criação da ICAO.

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