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Aviação

Southwest Airlines adia entregas de B737s para 2023 e preocupa Boeing

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Southwest receberia uma média de 15 aeronaves por ano até 2022

Não é novidade para ninguém que a Southwest Airlines é uma das principais clientes comerciais da Boeing. A companhia de baixo custo, que tem mais de 700 aeronaves Boeing em sua frota, já opera de forma exclusiva o B737 por diversas décadas. No entanto, na última semana a companhia revelou um acordo com a fabricante para adiar a entrega de 67 unidades do B737 MAX, que seria realizada entre os anos de 2019 e 2022, para 2023, algo que preocupa a Boeing.

Com o adiamento das entregas, especialistas acreditam que a companhia estaria cada vez menos entusiasmada com o modelo, que perde “de goleada” para o A320neo. Três motivos seriam cruciais para a decisão de adiar as entregas: a mudança de estratégia de composição de frota, um crescimento mais tímido da demanda para viagens comerciais do que Airbus e Boeing esperavam e a possível opção da própria Southwest em adquirir aeronaves usadas, já que os novos737 MAXs não estariam oferecendo vantagens suficientes para serem operados.

A low-cost tem encomendas no momento para receber uma média de 15 737 MAXs a cada ano, entre 2019 e 2022. Este número seria suficiente para proporcionar uma renovação de frota que chegaria a 2% a cada ano. A partir de 2023, a história seria outra, já que as aquisições aumentariam significativamente. Isto porque, centenas de B737-700s serão aposentados entre os anos de 2023 e 2030.

Com isso, dá para acreditar que o adiamento das entregas não reflete em um possível desapontamento da Southwest com o modelo. O maior risco está no aumento de produção da Boeing planejado para 2019 que se tornaria insustentável, já que a fabricante passaria a produzir 57 aeronaves por mês, diferente das 42 unidades atuais. Enquanto a Boeing já recebeu mais de 3.200 encomendas para o 737 MAX, a francesa Airbus já contabiliza mais de 4.500 ordens em seu backlog.

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