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Aviação / Turismo em Dados

Tráfego aéreo global em 2020 voltará aos patamares de 2003, diz Iata

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Diante da queda de receita de meio trilhão de dólares, as companhias aéreas cortaram US$ 365 bilhões em custos

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgou a revisão das estimativas do desempenho do setor aéreo para 2020 e 2021. Para 2020, o prejuízo líquido estimado será de US$ 118,5 bilhões (acima dos US$ 84,3 bi previstos em junho). Para 2021, o prejuízo líquido estimado será de US$ 38,7 bilhões (acima dos US$ 15,8 bi previstos em junho). O número de passageiros deve despencar para 1,8 bilhão (60,5% abaixo dos 4,5 bilhões de passageiros em 2019), o mesmo de 2003.

Diante da queda de receita de meio trilhão de dólares (de US$ 838 bilhões em 2019 para US$ 328 bilhões em 2020), as companhias aéreas cortaram US$ 365 bilhões em custos (de US$ 795 bilhões em 2019 para US$ 430 bilhões em 2020). Para 2021, além do corte agressivo de custos que traz alívio, há ainda o aumento da demanda (devido à reabertura das fronteiras com testes e/ou ampla disponibilidade de uma vacina). Este panorama pode resultar caixa positivo no quarto trimestre de 2021, antes do previsto anteriormente.

“Esta crise é devastadora e implacável. As companhias aéreas cortaram 45,8% dos custos, mas as receitas caíram 60,9%. Com isso, as companhias aéreas perderão US$ 66 para cada passageiro transportado este ano, resultando em um prejuízo líquido total de US$ 118,5 bilhões. Esse prejuízo reduzirá significativamente para US$ 80 bilhões em 2021. Mas a perspectiva de prejuízo de US$ 38,7 bilhões em 2021 não é motivo de comemoração. Precisamos reabrir as fronteiras com segurança, sem quarentena, para que as pessoas voem novamente. E com as companhias aéreas usando o restante de suas reservas pelo menos até o quarto trimestre de 2021, não há tempo a perder”, disse Alexandre de Juniac, CEO da Iata.

Já a receita do transporte de passageiros deve cair para US$ 191 bilhões, menos de um terço da receita de US$ 612 bilhões registrada em 2019. Já o yields de passageiros devem cair 8% em comparação a 2019, além de uma taxa de ocupação de passageiros baixa, que deve ser de 65,5%, inferior aos 82,5% registrados em 2019, um nível visto pela última vez em 1993.

Em 2021

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No final de 2021, as receitas mais fortes devem melhorar a situação

Espera-se que o desempenho financeiro das companhias aéreas melhore significativamente em 2021. O prejuízo esperado de US$ 38,7 bilhões em 2021 ficará atrás apenas do de 2020, informa a Iata.

“Supondo que exista abertura parcial das fronteiras até meados de 2021 (por meio de testes ou disponibilidade crescente de uma vacina), espera-se que as receitas gerais devam aumentar e atingir US$ 459 bilhões (melhoria de US$ 131 bilhões com relação à 2020, mas ainda 45% abaixo dos US$ 838 bilhões relatados em 2019)”, diz a Iata.

Em comparação, os custos devem aumentar apenas US$ 61 bilhões, propiciando um melhor desempenho financeiro geral. Ainda assim, as companhias aéreas perderão US$ 13,78 para cada passageiro transportado. “No final de 2021, as receitas mais fortes devem melhorar a situação, mas o primeiro semestre do próximo ano ainda parece extremamente desafiador”, prevê a associação.

O número de passageiros deve aumentar para 2,8 bilhões em 2021. Isso representa um bilhão de viajantes a mais do que em 2020, porém, ainda 1,7 bilhão a menos em relação a 2019

O número de passageiros deve aumentar para 2,8 bilhões em 2021. Isso representa um bilhão de viajantes a mais do que em 2020, porém, ainda 1,7 bilhão a menos em relação a 2019. Os yields de passageiros devem permanecer inalterados e a taxa de ocupação deve aumentar para 72,7% (melhora em relação à taxa de 65,5% esperada para 2020, mas bem abaixo da taxa de 82,5% de 2019).

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