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Cruzeiros / Feiras e Eventos

II Fórum Clia: Investimentos em novos portos cria promoção turística automática do Brasil

Gilberto Menezes, da Contermas, Flávio Brancato, da Concais, Adrian Ursilli, da MSC, Julio Tedesco, da Atracadouro Barra Sul, e Luiz Antonio Cerqueira, do Píer Mauá_2

Gilberto Menezes, da Contermas, Flávio Brancato, da Concais, Adrian Ursilli, da MSC, Julio Tedesco, da Atracadouro Barra Sul, e Luiz Antonio Cerqueira, do Píer Maua

BRASÍLIA – Desenvolvimento sem investimento é uma missão impossível para qualquer empresa ou setor da economia. Na área de Cruzeiros Marítimos, parte do amplo setor turístico nacional, não seria diferente. Um dos grandes entraves do setor no Brasil é justamente o investimento (ou a falta dele) e a competitividade com outros destinos em todo o planeta. O que fazer, portanto, para receber mais cruzeiros e, consequentemente, mais turistas?

Investir em portos de qualidade e reduzir os custos operacionais das armadoras. Uma tarefa não tão fácil mas que virou assunto no II Fórum Clia Brasil 2018 durante o painel “Terminal de Passageiros – Investimentos e Competitividade”. Com mediação do Country Manager da MSC no Brasil, Adrian Ursilli, o painel contou com a participação do diretor da Concais, Flávio Brancato, do diretor da Contermas, Gilberto Menezes, do presidente do Píer Mauá, Luiz Antonio Cerqueira, e do presidente da Atracadouro Barra Sul, Julio Tedesco.

Logo de cara, Adrian Ursilli foi claro que os portos brasileiros precisam ser ampliados e cada vez mais estruturados nos próximos anos. “A indústria não vai mais produzir pequenos navios. Os navios de agora em diante virão com 2.000 cabines para cima. E cada navio deste gera uma enorme poupança para as economias locais, logo é preciso enfrentar desafios. Nossa atividade de cruzeiros é intermodal. Sozinha não funciona. Precisamos dos portos, das pessoas que chegam de carro, de avião até o porto, de diversos serviços, que acabam criando uma promoção turística automática do destino”.

O presidente do Pier Mauá, Luiz Antonio Cerqueira, mostrou quão importante é para o município o abraço desta atividade. “Atividades portuárias são importantes e movimentam a economia. Nestes 20 anos, se cada turista gastou 100 dólares no Rio, a soma chega hoje a 500 milhões de dólares que entraram na cidade. O Brasil com uma costa maravilhosa destas não pode permanecer de fora da chegada dos cruzeiros. Me disponho a ter até quatro terminais, porque queremos que o setor cresça. Temos que ter bastante infraestrutura e legislação que estimule as armadoras a se desenvolverem”, frisou.

Gilberto Menezes, da Contermas, Flávio Brancato, da Concais, Adrian Ursilli, da MSC, Julio Tedesco, da Atracadouro Barra Sul, e Luiz Antonio Cerqueira, do Píer Mauá

Executivos debateram o futuro dos portos no Brasil

Julio Tedesco, presidente da Atracadouro Barra Sul, lembrou do investimento e dos frutos que já são colhidos. “As coisas não são fáceis. Levamos 10 anos para conseguir as 23 licenças que temos atualmente. Fizemos investimentos de R$ 35 milhões em nosso atracadouro. Em 2017/18, por exemplo, trouxemos 19 navios, com 66% de desembarque de passageiros, e para esta temporada estão confirmados 29 navios. Serão 120 mil turistas, com uma média de 80 mil desembarcando em Balneário Camboriú”, frisou.

Flávio Brancato, diretor da Concais (Porto de Santos), foi enfático. “Voltamos este ano a debater os mesmos assuntos. Na minha apresentação durante a primeira edição do fórum, eu afirmei que ninguém aqui estava querendo isenção de impostos ou desrespeitar as leis. Todos querem que as coisas funcionem direito apenas. É preciso que estas regras sejam favoráveis ao desenvolvimento do segmento. Existe mercado para investir no cruzeirista se oferecermos uma temporada adequada. Temos infraestrutura, temos condições, então porque não fazer? Todos querem aumentar o número de passageiros. Então não é possível que um negócio que tem um único objetivo não consiga se desenvolver”.

Gilberto Menezes, diretor da Contermas, lembrou dos 49 navios que passarão pelo Porto de Salvador na temporada. “E após os grandes investimentos, o terminal vai muito bem. No entanto, as dificuldades valem para todos os terminais. E tem vários outros destinos que podem ser implementados para receber cruzeiros marítimos. Havendo uma sinalização do setor de colocar navios numa nova cidade, estamos a disposicão para avaliar qualquer investimento”, finalizou Gilberto.

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