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Cruzeiros

Revolução dos mares: entretenimento, design e capacidade transformam a indústria de cruzeiros

Indústria dos cruzeiros, que passou por uma revolução na última década, promete novas transformações nos próximos anos. Na foto o MSC World Class, navio que terá capacidade para mais de 7 mil hóspedes.

Indústria dos cruzeiros, que passou por uma revolução na última década, promete novas transformações nos próximos anos. Na foto, o MSC World Class, navio que terá capacidade para mais de 7 mil passageiros

Com um total de 28,5 milhões de passageiros embarcados em 2018, a indústria dos cruzeiros cresceu 7% em relação a 2017, média superior a taxa de crescimento do turismo mundial. Ao mesmo tempo em que o setor cresce em demanda, também vem se diversificando e criando novos produtos. Meganavios, serviços exclusivos, apostas ousadas de entretenimento, inovação tecnológica e novos destinos vêm sendo aspectos responsáveis por uma evolução sem precedentes no mercado.

Na década em que chegaram navios para cinco mil passageiros, como os da classe Seaside e Meraviglia da MSC Cruzeiros, e seis mil, como a classe Oasis, da Royal Caribbean, também surgiram inovações como uma pista de kart no Norwegian Bliss, o Magic Carpet do Celebrity Edge, o submarino no Scenic Eclipse, os aplicativos que funcionam como um assistente pessoal de bordo, disponíveis em diversas companhias, como a novíssima Zoe da MSC, e as áreas de serviços exclusivos, como a Royal Suite Class e o MSC Yacht Club.

“A inovação com certeza é o caminho. É ela que levará a experiência do hóspede a um próximo nível. A experiência de cruzeiro está em constante evolução para se tornar cada vez mais rica, oferecendo uma escolha cada vez maior de serviços e facilidades. Hoje, os clientes têm expectativas cada vez mais altas em relação a experiências conectadas onde quer estejam e, agora, onde quer que viajem”, explica Adrian Ursilli, diretor geral da MSC Cruzeiros no Brasil.

E a mesma indústria que deu um salto nesta década, não para de reunir novos elementos para os navios encomendados. As revoluções são gastronômicas, de entretenimento, inovação e de capacidade. Este ano, chega ao mercado o maior navio da Costa Cruzeiros, o Smeralda, com capacidade para 6,6 mil passageiros. Em 2022 bateremos a marca de 7 mil, com o MSC World Class. Simultaneamente, a armadora também trabalha em uma classe Ultra Luxo, com navios menores e mais exclusivos, replicando o conceito de seu MSC Yatch Club.

Costa Smeralda inicia operações em 2019

Costa Smeralda inicia operações em 2019

“As empresas de cruzeiros têm um calendário em franco crescimento. E, com a chegada de novos navios, cada vez maiores, o grande desafio dos países é oferecer uma gama de produtos e serviços que encante cada vez mais turistas e apreciadores de viagens a bordo de cruzeiros. Para que isso aconteça, é fundamental que os destinos estejam aptos para atuar como portos de embarque e desembarque e apresentem estrutura, seja portuária, logística, gastronômica, de lazer, serviços ou tarifárias, capaz de atender essa intensa movimentação de passageiros”, destaca Dario Rustico, presidente executivo da Costa Cruzeiros para a América do Sul e Central.

Adrian Ursilli, da MSC, Dário Rustico, da Costa, e Marco Ferraz, da Clia Brasil

Adrian Ursilli, da MSC, Dário Rustico, da Costa, e Marco Ferraz, da Clia Brasil

Com tantos navios, o desafio passa ser encontrar destinos. Emirados Árabes e Alasca passaram a ser rotas exóticas para cruzeiristas que já realizaram experiências tradicionais. Os meganavios também explicam o crescimento da China, vista como o atual pote de ouro do segmento. A escolha, no entanto não depende só de atrativos, mas da infraestrutura para receber o que tem de mais moderno na indústria.

“Hoje temos mais de mil portos operando em todo o mundo. Os norte-americanos continuam sendo os grandes clientes de nossa indústria, embarcando 13 dos 28 milhões de cruzeiristas do ano passado. Já a China, que crescia dois dígitos até o ano passado, teve queda, enquanto a Austrália deu uma estabilizada. Isto é uma boa notícia para o Brasil, que pode receber novos navios. O governo atual eliminou o visto para quatro países que têm enorme potencial, enquanto por outro lado temos 132 novos navios entrando em operação nos próximos oito anos. São 261 mil novos leitos”, frisou Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil.

Alaska está entre os novos itinerários da DCL (Foto: Divulgação)

Alasca está entre os destinos que passaram a ser explorados pelas companhias

BRASIL

Se a indústria mundial comemora o crescimento acelerado, o Brasil celebra uma retomada. Após quedas constantes no número de cruzeiristas desde a temporada 2012/2013, o setor acumulou em 2017/2018 e 2018/2019 dois anos consecutivos de crescimento, algo que não acontecia desde as temporadas 2010/11 e 2011/12. Para a próxima temporada já está previsto um crescimento de 15% na oferta, ultrapassando a marca de 500 mil leitos, o que não acontecia desde 2008.

MSC Seaview, com capacidade para 5,3 mil hóspedes, estará de volta ao país com embarques em Santos (SP) e Salvador (BA). (Divulgação)

MSC Seaview, com capacidade para 5,3 mil hóspedes, se tornou o maior navio a operar no Brasil, com embarques em Santos (SP) e Salvador (BA). (Divulgação)

“Avaliamos de uma forma bem positiva o atual momento do setor, visto que a temporada de cruzeiros vinha passando por um período de desaceleração nos últimos dois anos. Para a próxima temporada teremos mais de um navio na costa brasileira, aumentando também a oferta de leitos oferecidos aos passageiros. Vale dizer que as viagens abordo dos cruzeiros marítimos já caíram no gosto dos brasileiros que, a cada ano, se programam com antecedência para realizar os passeios”, analisa Orlando Palhares, gerente executivo de Produtos Marítimos da CVC.

Especialista na comercialização de cruzeiros no exterior, Ricardo Amaral, CEO da R11, observa que o número crescente de brasileiros realizando cruzeiros no exterior mostra que existe uma demanda em potencial no setor, que também pode ser trabalhada para o mercado nacional. No entanto, ele destaca que este crescimento ainda depende de questões já conhecidas, como infraestrutura e segurança jurídica.

Orlando Palhares, da CVC, e Ricardo Amaral, da R11 Travel

Orlando Palhares, da CVC, e Ricardo Amaral, da R11 Travel

“Ainda temos muitos e importantes passos a tomar antes disto acontecer, em especial no que se refere a questões legais e investimentos em estrutura portuária. Vemos um crescimento contínuo de brasileiros fazendo cruzeiros no exterior e se engajando neste segmento. Ou seja, demanda existe. O que precisamos é criar condições para ter uma oferta de produtos de padrão internacional com custos compatíveis aos do mercado externo”, afirmou.

 

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