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Aviação / Destinos / Política

Guarulhos perderá 31 voos diários e milhares de empregos com restrições no SDU, diz prefeito

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Guarulhos terá operações apenas para o Galeão e, segundo o prefeito, “muita gente quer evitar voar para o Galeão” e isso, por consequência, acarretará num menor fluxo em Guarulhos (Eric Ribeiro/M&E)

A portaria que restringe as operações no aeroporto Santos Dumont (RJ) assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em busca de um reequilíbrio aéreo entre SDU e Galeão, foi condenada pelo prefeito de Guarulhos (SP), Gustavo Henric Costa. Em vídeo publicado em suas redes sociais, o prefeito afirma que o Aeroporto de Guarulhos, a principal porta de entrada de voos internacionais do Brasil, será extremamente prejudicada, ameaçando até 5 mil empregos.

“O presidente Lula assinou uma portaria mudando a configuração de alguns voos no Rio de Janeiro que vai impactar em cheio de forma negativa o nosso aeroporto de Guarulhos. E isso vai se traduzir em milhares de demissões e também numa enorme perda de arrecadação. Não só Guarulhos, mas todo o estado de São Paulo vai ser afetado. Então, na minha maneira de ver, o presidente da República cedeu pressões e, de forma atabalhoada, assinou uma portaria que não faz sentido para nós”, disse o prefeito.

“E isso vai se traduzir em milhares de demissões e também numa enorme perda de arrecadação. Não só Guarulhos, mas todo o estado de São Paulo vai ser afetado”

A decisão já tinha sido acatada por Lula no mês passado, mas incluia voos para Brasília também. Agora, o Santos Dumont só terá voos para Congonhas e Vitória. “Eles querem salvar o Galeão, tudo bem. Salvar uma vaca que está doente, matando uma que está saudável não funciona. E nesse caso, a gente está falando de milhares de empregos. São 32 voos diários que vão deixar de sair de Guarulhos. Muitos vão migrar para Congonhas para pousar no Santos Dumont”, frisou Gustavo.

“Salvar uma vaca que está doente, matando uma que está saudável não funciona. E nesse caso, a gente está falando de milhares de empregos. São 32 voos diários que vão deixar de sair de Guarulhos”

Guarulhos terá operações apenas para o Galeão e, segundo o prefeito, “muita gente quer evitar voar para o Galeão” e isso, por consequência, acarretará num menor fluxo em Guarulhos. “Na prática, a cada um milhão de passageiros perdidos, são milhares de empregos perdidos também. E nesse caso, somente nestes voos que estamos na iminência de perder, teremos exatos um milhão a menos de passageiros e, consequentemente, milhares de empregos perdidos”, destacou.

“A gente pode perder, a partir do ano que vem, de 3 a 5 mil trabalhadores. É muita coisa, gente. Vai impactar diretamente, sem contar o segmento de carga, que vai afetar diretamente a arrecadação”

Se contar as conexões, a estimativa do GRU Airport é que o impacto no movimento seja na casa de 3 a 5 milhões de passageiros. “A gente pode perder, a partir do ano que vem, a partir do momento que isso passe a vigorar, de 3 a 5 mil trabalhadores. É muita coisa, gente. Vai impactar diretamente, sem contar o segmento de carga, que vai afetar diretamente a arrecadação. É muito grave todo este problema que exponho aqui”, frisou Gustavo.

“O prefeito ameaça judicializar esta questão, caso o poder público não tome uma decisão. “A gente não pode perder isso da noite pro dia. O mercado tem que se regular, sem essa mão de ferro do estado”

Ele pede uma reconsideração de Lula, pede ajuda dos deputados de São Paulo e do governador Tarcísio de Freitas. “Essa briga não é só de Guarulhos. Isso vai impactar o estado inteiro. Então, venho aqui, com muita humildade pedir ajuda de todos vocês para nos fazer com que o presidente da República entenda o que isso vai afetar. Quer salvar o Rio de Janeiro, quer salvar o Galeão? Tudo bem, existem outras maneiras para isso, mas não arrebente o nosso aeroporto”, frisou.

O prefeito ameaça judicializar esta questão, caso o poder público não tome uma decisão. “A gente não pode perder isso da noite pro dia. O mercado tem que se regular, sem essa mão de ferro do estado. O mercado tem que se ajeitar, se regular, e fazer o negócio acontecer”, finalizou o prefeito de Guarulhos, Gustavo Henric Costa.

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