A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo – ABIH-SP divulgou dados da pesquisa “Desempenho da Hotelaria no Estado de São Paulo”, contendo a comparação dos resultados referentes aos meses de julho, agosto e setembro de 2020.
“Ficamos felizes em compartilhar os resultados da pesquisa de desempenho hoje, 9 de novembro, Dia do Hoteleiro. Data em que comemoramos 84 anos da ABIH Nacional e 71 anos de ABIH-SP”, afirmou Ricardo Roman Jr., presidente da ABIH-SP.
A taxa média de ocupação (-69,51%%); valor da tarifa média (-29,94%) e RevPar (-78,63%) em setembro permaneceram menores em relação a igual período do ano passado em todo o estado, mas apresentaram crescimento quando comparadas aos resultados do último mês de agosto: aumento de 26,86% no valor da diária média e 68,38% de RevPar. Já o número de quartos abertos pulou de 51,01% para 82,13%.
“Estes números demonstram maior flexibilização nas regiões por parte das autoridades governamentais bem como a tendência a um cenário mais otimista por parte dos empresários do setor hoteleiro”, avalia Roberto Gracioso, coordenador do estudo.
De um modo geral, o valor da diária média no estado de São Paulo registrou aumento de 7,55%. Em julho, foi de R$ 191,87; agosto, R$ 214,39; e, setembro, R$ 230,56. Já o RevPar acumulado do Estado contou com um acréscimo de 68,38% em setembro com relação a agosto de 2020.
Empregos x UHs
Com aumento de UHs ofertadas, a taxa média de funcionários empregados apresentou em setembro variação negativa (-14,86%) em relação ao mês de agosto de 2020. “Esta queda não significa aumento de demissões. Retrata sim a manutenção da mesma quantidade de funcionários”, complementa Gracioso.
MRTs – Macrorregiões Turísticas
Os dados apurados em setembro de 2020 revelam incremento da taxa média de ocupação em 12 das 15 MRTs, exceto na região Centro-oeste, que apresentou queda (-35,48%). Exemplos de variação positiva nos índices de ocupação em setembro, comparada aos de agosto de 2020: Campinas e Região +67,08%, Capital Expandida +68,74% e Capital Paulista +75,73%.
Regiões onde a demanda por turismo de lazer predomina, como Litoral Paulista e Vale do Paraíba – Litoral Norte apresentaram aumento na taxa média de ocupação: +29,38% e +46,82%, respectivamente. As demais regiões do estado apresentaram também tendência de recuperação do setor.
De acordo com a ABIH-SP, “apesar de ainda muito insipiente e com, em média, acima de 65% de defasagem em relação ao mesmo período de 2019, regiões onde o perfil da demanda é predominantemente gerada pelo mercado de viagens corporativas demonstram sinais de retomada”.
“Apesar de o estado ter apresentado uma recuperação de 26,86% em setembro, em relação ao mês de agosto de 2020, a taxa média de ocupação permanece com 70% de defasagem em comparação ao mesmo período de 2019 (agosto e setembro de 2019). “De um modo geral, verificamos recuperação real de 5% em relação ao mesmo período de 2019”, conclui Gracioso.
Em relação à diária média, a região do Vale do Paraíba – Serras apresentou o maior índice de aumento (53,42%) e a região da Alta Mogiana (Ribeirão Preto), predominantemente corporativa, apresentou o segundo maior indicador de recuperação (29,85%). Apesar dos indicadores terem apresentado tendência de recuperação, ainda registram 29,94% de queda em relação ao mesmo período de 2019.
As regiões corporativas foram as mais retraídas, com a Capital e Campinas e Região, apresentando redução (-20,94% e -15,48%, respectivamente) no valor da diária média, em relação ao mesmo período de 2019
As regiões corporativas foram as mais retraídas, com a Capital e Campinas e Região, apresentando redução (-20,94% e -15,48%, respectivamente) no valor da diária média, em relação ao mesmo período de 2019. A ABIH-SP lembra que, fora as MRTs Centro-Oeste e Circuito das Águas, que apresentaram retração de 31% e 11,02% respectivamente, as demais regiões apresentaram significativa recuperação.
As regiões de maior destaque em setembro, comparando com agosto de 2020 foram Vale do Paraíba – Serra (116,29%); Capital Paulista (87,76%); Região de Campinas (70,80%) e Alta Mogiana – Ribeirão Preto (61,08%) apresentaram um acréscimo de RevPar bem expressivo. Porém, este índice ainda apresenta -70% em relação ao mesmo período de 2019.