Uma nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmou que Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo são as cidades que mais influenciam decisões econômicas e políticas no país, segundo a Agencia Brasil. O levantamento, chamado Gestão do Território 2024, analisou como a presença de empresas e órgãos governamentais impacta outras regiões.
Na área empresarial, a pesquisa levou em conta o número de empresas sediadas em cada cidade e quantas filiais essas companhias mantêm espalhadas pelo Brasil. Não é surpresa que São Paulo lidere o ranking, seguida por Rio e Brasília. O estudo destaca o caso de Osasco, onde está a sede do Bradesco, um banco com agências em praticamente todo o território nacional.
O ranking das dez cidades com maior peso na gestão empresarial ficou assim:
- São Paulo (SP)
- Rio de Janeiro (RJ)
- Brasília (DF)
- Belo Horizonte (MG)
- Curitiba (PR)
- Porto Alegre (RS)
- Fortaleza (CE)
- Campinas (SP)
- Barueri (SP)
- Recife (PE)
Empresas de São Paulo geram mais empregos fora da cidade
Outro ponto analisado foi a geração de empregos em filiais. Empresas sediadas em São Paulo empregam quase 1,9 milhão de pessoas em outras cidades. No entanto, Rio e Brasília viram uma queda expressiva no número de empregos gerados fora de seus territórios. Enquanto São Paulo cresceu 17,4% nesse quesito desde 2012, o Rio registrou uma queda de 18,2% e Brasília, de 21,2%.
Outro destaque foi Itajaí (SC), que teve um crescimento impressionante de 79,8% na geração de empregos em outras cidades. A força da economia local está ligada à indústria naval e ao setor portuário, impulsionado pelo Porto de Itajaí.
Influência na gestão pública
Na esfera política, a pesquisa identificou Brasília como o centro absoluto da gestão pública, abrigando os principais órgãos federais. Rio de Janeiro, São Paulo e Recife aparecem logo depois na hierarquia, seguidos por capitais como Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador.
O IBGE também elaborou um ranking que combina influência empresarial e pública. Nessa classificação, apenas três cidades ficaram no topo: São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Um segundo grupo inclui Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Fortaleza, Salvador, Goiânia, Campinas e Belém.
A pesquisa também destaca como a presença de empresas e órgãos governamentais se retroalimenta. Locais com grande concentração de instituições públicas costumam atrair empresas para fornecer serviços e produtos. Ao mesmo tempo, cidades com forte presença empresarial acabam exigindo mais atuação do Estado.