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O objetivo da portaria é manter o limite de passageiros no Santos Dumont em menos de 10 milhões por ano (Alexandre Macieira/Riotur)
Embora o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, tenha confirmado que a readequação do aeroporto Santos Dumont já começou, a oficialização da restrição de voos no terminal, em busca de um reequilíbrio aéreo entre SDU e Galeão, deve acontecer nesta semana, através de portaria que seria assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão de deixar o Santos Dumont apenas com voos para Congonhas e Brasília tinha sido acatada por Lula no mês passado.
O Ministério de Portos e Aeroportos, no entanto, até queria fazer a mudança por meio de projeto de lei em regime de urgência no Congresso, sob o argumento de dar tempo para as companhias aéreas se adaptarem e de evitar prejuízos a quem comprou passagens. A decisão do governo caiu mal para o prefeito Eduardo Paes, como informou o blog de Lauro Jardim. O prefeito planejava que a portaria pudesse ser assinada por Lula nesta semana.
E o presidente Lula está no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (10). De acordo com o jornal O Globo, o governo federal enfim costurou um acordo com o estado e a prefeitura do Rio para limitar os voos no Santos Dumont. O próprio prefeito Eduardo Paes, que estava insatisfeito no começo da semana, afirmou nesta quinta-feira que o governo federal “está resolvendo” o impasse envolvendo a readequação dos aeroportos Santos Dumont e do Galeão.
A solução, segundo O Globo, prevê a edição de uma portaria que restringe as rotas a partir do aeroporto central do Rio a um raio de até 400 quilômetros, o que restringiria operações para Belo Horizonte, São Paulo (Congonhas) e, provavelmente, Vitória. Confins e Guarulhos, por outro lado, ficariam de fora justamente por conta do momento de retomada do Galeão.
