Em entrevista ao Valor Econômico, o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que não há, oficialmente, uma fusão entre Gol e Azul, mas sim a aquisição de participação acionária de uma empresa na outra. O ministro já havia falado, em primeira mão ao M&E, sobre o assunto, e afirmava que a possível fusão entre Gol e Azul, criaria um cenário que possibilitaria entrada de novas companhias no Brasil.
Em um trecho de sua entrevista, Sabino revela: “a informação que nós temos, oficial, é que não haverá fusão. O principal acionista de uma está adquirindo capital da outra, mas não será necessariamente uma fusão entre as duas empresas”.
LEIA TAMBÉM: Abra reforça equipe jurídica para fusão entre Gol e Azul e entra em fase de due diligence
Sabino ressaltou a importância da concorrência no setor aéreo para garantir mais assentos disponíveis e preços mais acessíveis. Ele destacou que o Ministério do Turismo trabalha para melhorar o ambiente de negócios na aviação doméstica e atrair novas companhias estrangeiras para operar no país. Segundo o ministro, o Brasil se tornou o quarto maior mercado de aviação doméstica do mundo, o que abre espaço para a entrada de empresas da Argentina, Chile, Caribe e Europa.
Uma das iniciativas do governo para aumentar a oferta de voos é a inclusão, na Lei Geral do Turismo, de uma regra que permite que companhias estrangeiras que já operam rotas internacionais para o Brasil também realizem voos dentro da Amazônia Legal, sem a necessidade de abrir uma empresa no país. “Só falta a regulamentação [pelo Ministério de Portos e Aeroportos]”, explicou Sabino.
Na matéria com o veículo, Sabino também voltou a abordar temas como a PL do Jogos de Azar, impactos do câmbio e pressão pré reforma.