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Destinos / Política

Volta dos vistos vai atrapalhar expansão do fluxo aéreo internacional, diz Fecomércio RJ

Antonio Florencio de Queiroz Junior, presidente da Fecomércio RJ (Arquivo/M&E)

Antonio Florencio de Queiroz Junior, presidente da Fecomércio RJ (Arquivo/M&E)

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) é mais uma a se colocar contra a volta da exigência dos vistos para turistas de EUA, Canadá, Austrália e Japão em outubro, como confirmado nessa segunda-feira (13) pelo Ministério de Relações Exteriores (MRE).

Segundo a federação, a decisão impacta o setor de turismo nacional exatamente no momento em que o trade turístico retoma as atividades no receptivo internacional. E, certamente, vai atrapalhar a expansão do fluxo aéreo destes mercados para o Brasil. Os quatro países afetados pela medida respondiam, até a pandemia, por mais de 800 mil turistas entrando no Brasil anualmente.

“Revogar uma medida que sequer foi efetivamente experimentada constitui-se num contrassenso. A exigência do visto para estrangeiros é na prática um retrocesso que vai prejudicar nossa economia”, adverte o presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior. “Além de dois anos em profundo refluxo do turismo em nível mundial, o Brasil não investiu na divulgação deste benefício aos cidadãos e operadores de viagens destes respectivos países, assim como não empreendeu investimentos na promoção de nossos atrativos turísticos nos principais mercados emissores de turistas no mundo”, ressaltou.

Para o Rio de Janeiro, um dos grandes destinos turísticos do mundo, a medida traz um prejuízo em especial: cerca de 34% dos turistas estrangeiros visitam a nossa capital, sendo que boa parte desse fluxo se estende também às principais cidades turísticas do estado, como Paraty, Búzios e Petrópolis.

“Entre o simbolismo de uma suposta soberania nacional ou o entendimento das questões de um setor produtivo que representa cerca de 10% dos empregos gerados em nosso país, o Itamaraty infelizmente optou pelo caminho de uma decisão equivocada, distante da economia real do Brasil, e que terá como efeito prático prejudicar a população brasileira e os estados cuja economia está diretamente atrelada ao turismo”, informou, em nota, a Fecomércio RJ. “Reivindicamos, portanto, que o Itamaraty reveja essa proposta que, a rigor, atrapalha o desenvolvimento do turismo brasileiro”, termina o comunicado.

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