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Brasil / Serviços / Turismo em Dados

CNC: comércio já perdeu R$ 53,3 bilhões por conta do coronavírus

José Roberto Tadros, presidente da CNC

José Roberto Tadros, presidente da CNC

Segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as perdas diretas impostas ao comércio pela crise do coronavírus devem chegar a R$ 53,3 bilhões, nesta terça-feira (7), em dez unidades da Federação: Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo (responsáveis por 72,5% do volume de vendas do varejo nacional).

O valor representa uma retração de 46,1% no faturamento do setor, em comparação com o mesmo período do ano passado. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, reforça que a Confederação enviou ao Governo Federal um documento com sugestões de medidas que possibilitam minimizar os impactos negativos da crise nas empresas, visando a manutenção dos empregos. “Com o impedimento da operação de estabelecimentos comerciais no País, é preciso dar às empresas as condições para que possam atravessar este difícil momento, mantendo seus negócios e preservando os empregos”, afirma Tadros.

Em São Paulo, onde o Governo do Estado decretou o fechamento de lojas de diversos segmentos do comércio a partir de 20 de março, a CNC estima que a perda no volume de vendas chegue a R$ 25,64 bilhões. Já no Rio de Janeiro, as perdas devem alcançar R$ 6,75 bilhões, em decorrência de decreto estadual estabelecendo o fechamento de shopping centers desde o dia 17 de março e de decisão da prefeitura da capital fluminense – no fim de março – obrigando o fechamento de todo o comércio, exceto os considerados essenciais. Minas Gerais (R$ 8,34 bilhões), Santa Catarina (R$ 4,8 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 2,15 bilhões) fecham a lista das cinco UFs que mais registrarão queda do faturamento no período.

De acordo com o serviço de georreferenciamento do Google, a mobilidade de pessoas nos estabelecimentos comerciais ao final de março foi reduzida drasticamente. No varejo de rua, em shopping centers, livrarias e cinemas, houve queda de 71% na circulação de consumidores, em todo o Brasil. As maiores quedas regionais ocorreram em Santa Catarina (-80%), Sergipe (-78%) e Alagoas (-77%). “Mesmo no varejo essencial, como supermercados, minimercados, mercearias e farmácias, o número de visitantes encolheu 35% em relação à movimentação usual”, diz Fabio Bentes, economista da CNC responsável pelo estudo.

De acordo com Bentes, por mais que o varejo eletrônico e os serviços de delivery tenham contribuído para diminuir as perdas nas vendas, a participação das receitas baseadas nesses serviços ainda é pequena se comparada ao consumo presencial. “O efeito da retração econômica sobre a renda dos consumidores, em especial daqueles que trabalham por conta própria ou exercem informalmente algum tipo de atividade remunerada, certamente contribuiu para o recuo na movimentação e no consumo após o agravamento da Covid-19 no País”, avalia o economista.

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