Abrati: empresas de ônibus voltam a investir fortemente na renovação e ampliação de suas frotas

Em 2021, por exemplo, o mercado regular de transporte de passageiros habilitou 7,8 mil veículos. Em 2023 já são 9,2 mil (Divulgação)

Diante do aumento do número de viagens no setor rodoviário de passageiros, as empresas de ônibus regulares voltaram a investir fortemente na renovação e ampliação de suas frotas, de acordo com dados da Abrati (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros). Em 2021, por exemplo, o mercado regular de transporte de passageiros habilitou 7,8 mil veículos. Em 2023 já são 9,2 mil.

Dados divulgados recentemente pela Fabus (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus) revelam a produção de 3.141 ônibus para o setor rodoviário regular de passageiros no último ano. O volume é 63% maior que o registrado no ano de 2021. “A alta se deve principalmente ao aumento do número de viagens, que já está se equiparando ao total transportado de passageiros no ano de 2019, pré-pandemia, um dos períodos mais animadores para o setor”, destaca Letícia Pineschi, conselheira e porta da Abrati.

Nos primeiros três meses deste ano, a média de passageiros transportados foi de 3 milhões. Já no mesmo período de 2022, foi de 2,8 milhões, e em 2020, 2 milhões. Em 2019, um dos melhores anos para o setor de transporte de passageiros no país, essa média foi de 3,7 milhões. “Os dados são animadores e mostram que estamos chegando no patamar de 2019, o que estimula cada vez mais investindo em novas frotas para atender a demanda de passageiros”, diz.

Com relação a este tema, segundo a Abrati, o setor rodoviário é um dos que mais dá oportunidades para profissionais maduros. A idade média do trabalhador no setor de transportes interestadual é de 44,8 anos. Em cargos de gestão, a média sobe para 54 anos.

Segundo dados do Ministério do Trabalho, atualmente a idade média do trabalhador do setor de transporte rodoviário de passageiros está acima dos 40 anos, enquanto a média do trabalhador brasileiro é de 37 anos. Em relação ao tempo de permanência no emprego, ela é de 9 anos e 8 meses no setor e de apenas dois anos na média geral do país. A executiva destaca ainda que o setor está bem otimista e espera gerar muitos empregos em 2023. Segundo ela, a retomada das viagens, os muitos feriados previstos para o ano trazem um novo fôlego para os empresários do segmento, com expectativa de elevar as receitas.