Segundo o Boletim Anual de Gases de Efeito Estufa da Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulgado nesta semana, houve recorde em 2023 no acúmulo de dióxido de carbono, um dos principais gases de efeito estufa (GEE), que contribuem para as mudanças climáticas. Os dados reforçam a urgência em reduzir ou eliminar as emissões de GEE na atmosfera, trabalho que a startup Compensei vai realizar em 40 empresas de turismo de Bonito (MS). O projeto de descarbonização desenvolvido pela empresa foi premiado no Startup Challenge 2024, evento focado em ações inovadoras para o incremento do turismo na região.
Na análise de Vilena Silva, CEO da Compensei e doutora em Biodiversidade e Conservação, apesar de Bonito (MS) ser o primeiro destino de ecoturismo carbono neutro do mundo, o trade turístico local ainda não está totalmente integrado em programas de descarbonização. Assim, é necessária a aplicação de uma sistemática que consiste na elaboração de inventários de emissões de gases de efeito estufa e planos de redução e neutralização de carbono.
Ainda de acordo com a especialista, tornar-se uma empresa mais sustentável não somente contribui para a preservação do meio ambiente, como também é uma vantagem competitiva, especialmente no turismo. “Segundo pesquisa recente da plataforma de viagens Booking, 97% dos viajantes brasileiros destacam a importância das viagens sustentáveis e 87% desejam fazer viagens mais sustentáveis nos próximos 12 meses”, ressalta a gestora da Compensei.
Inteligência turística — A Compensei também vai desenvolver uma API (sigla em inglês para interface de programação de aplicação) para integração com a Alumia, plataforma de inteligência turística de Mato Grosso do Sul que traz dados sobre a atividade no estado. A tecnologia vai ampliar os indicadores de sustentabilidade na base de dados da Alumia, visando apoiar as políticas públicas voltadas ao atingimento das metas climáticas assumidas pelo Governo de MS.