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Relacionamento é a chave para redução dos custos na aviação, afirma especialista

Fernão Loureiro

Fernão Loureiro

Um relacionamento mais profundo entre cliente e fornecedor de forma a obter vantagens competitivas através do trabalho em conjunto. Este é o conceito de Comakership, um modelo de negócios que prevê um relacionamento mais maduro entre todas as partes de um negócio, desde o fornecedor até o cliente final.

Para Fernão Loureiro gerente de viagens para América Latina da Philips – que realizou a palestra “Comakership: uma nova ferramenta de relacionamento” – esse novo tipo de relacionamento traz diversos benefícios, principalmente no mercado de turismo. Loureiro explica que o modelo permite alcançar redução dos preços das operações e experiências para o cliente final que vão além da gestão de viagens. “Precisamos começar as ver as companhias aéreas como um parceiro de logística, distribuição, preços, pessoas, produtos, ideias e negócios. E não como um inimigo”, explica.

Desta forma, é necessário que o agente de viagens participe do processo, fazendo o link entre a aérea e o cliente final, tornando a experiência do passageiro a melhor possível, evitando o desgaste da relação entre o turista e a companhia aérea. “É importante que o agente de viagens utilize das ferramentas disponíveis para avisar aos passageiros sobre mudanças relacionadas ao seu voo, portão, cancelamentos etc. O trabalho dos agentes deve ser além da busca pela melhor tarifa. A eficácia na aplicação dos termos negociados na ponta da relação, entre o fornecedor e o cliente final, ainda é o maior desafio do segmento. Os agentes precisam fazer chegar aos clientes aquilo que negociamos”, enfatiza.

Governo: o grande vilão
Loureiro ainda ressalta que, na verdade, o grande inimigo do mercado é o Setor Público. “Em minha opinião, o setor público é um gerador de problemas e não de solução. Temos aeroportos antigos, com administração burocratizada; aeroportos ociosos, custo alto para estacionamento das aeronaves, custos abusivos nos aeroportos devido o alto preço dos aluguéis e tantos outros fatores que atrasam o desenvolvimento e a redução dos custos do setor. Se tivéssemos um governo focado em desenvolver o segmento, teríamos melhoras tanto a nível de custo quanto em parceria”, destaca o executivo, que afirma que atualmente o governo não tem capacidade de oferecer a infraestrutura necessária para o segmento de viagens.

Assim, a solução seria a privatização e as concessões. É o que destaca Loureiro, que afirma que mesmo com a possibilidade do aumento dos preços de algumas operações, as empresas privadas conseguem suprir necessidades e atingir ganhos de custo em experiências e fatores intangíveis.
“As empresas privadas conseguem melhorar a operação dos aeroportos, diminuindo filas de check-in, agilizando o processo de recuperação de malas, informando sobre mudanças em portões etc.”, conclui.

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