Efeito MAX: Air Canada arrenda aeronaves, cancela rotas e atrasa lançamentos

Air Canada conclui o lançamento programado para este verão de 25 novas rotas non-stop internacionais, entre fronteiras e domésticas

A Air Canada é mais uma a sofrer as consequências e anunciar uma série de medidas para amenizar os efeitos da paralisação da frota de B737 MAXs, decisão tomada em todo o mundo após os acidentes fatais envolvendo Lion Air e Ethiopian Airways num intervalo inferior a seis meses. Entre as medidas estão o arrendamentos de aeronaves, ajustes de frota, corte de rotas e acordos comerciais com parceiras da Star Alliance.

As medidas emergenciais tentam da conta da alta demanda que a maior companhia canadense precisa lidar com a falta de 24 B737 MAX que deveriam estar em serviço, como o contrato de wet-leasing com a Qatar Airways envolvendo dois A330s que serão usados em rotas para Barcelona e Paris. A companhia ainda receberia mais 12 unidades do modelo até julho.

A Air Canada também decidiu estender o arrendamento de três A320s e três E190s que já estavam prontos para deixar a frota, além de acelerar a chegada de seis aeronaves ex-Wow Air de modelo A321-200. As primeiras quatro unidades entram na frota da Air Canada Rouge já neste mês, 30 dias antes do planejado. E não para por aí: a aérea também decidiu arrendar um B767-200ER da Omni Air, a partir do dia 2 de junho, para cumprir a rota de Vancouver para Honolulu e Kahului.

A Air Canada também se viu obrigada a suspendar os voos diários entre Montreal e Munique, na Alemanha. A opção foi se juntar à Lufthansa via joint venture para aumentar o número de voos na rota para dois diários. A companhia também atrasou o início das rotas sazonais de Toronto/Pearson para Shannon e Abbotsford, bem como de Calgary para Londres. Todos estavam previstos para começar já no fim do ano, mas agora só em 2020.

Mais um serviço temporariamente suspenso envolvem saídas de Halifax e St. John para Londres/Heathrow. Outros pequenos ajustes incluem o atraso no lançamento dos voos de Montreal para Bordeaux e de Vancouver para Boston, bem como a troca de certas aeronaves na frota principal da Air Canada Rouge em rotas selecionadas.