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Política

Como agência, Embratur terá reforço milionário no orçamento

Gilson Machado Neto, presidente da Embratur

Gilson Machado Neto, presidente da Embratur

Com a transformação da Embratur em uma agência internacional, o orçamento do órgão ganhará um reforço. Neste ano, a promoção internacional do Brasil contou com aproximadamente US$ 12 milhões. Esta realidade, no entanto, muda com a publicação da Medida Provisória. Isso porque a alteração prevê que a Embratur passe a contar com recursos adicionais, como parte da verba que hoje é do Sistema “S”.

De acordo com a Medida, parte dos valores que são pagos atualmente pelas empresas que contribuem para o Sesi e Senai – e que são destinados ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) – passarão para a Embratur.

A contribuição para o Sistema “S” é de 0,3% sobre a folha das empresas. Atualmente, o Sebrae fica com 85,75%, 12,25% fica com a Apex e 2% vai para a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). A Medida Provisória altera estes percentuais, deixando o Sebrae com 70% e a nova Embratur com 15,75%. Tal reforço no orçamento do órgão pode chegar a R$ 500 milhões por ano.

Estande do Brasil na WTM Londres 2019

Estande do Brasil na WTM Londres 2019

Parcerias

O presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, explica que, com a transformação, haverá a possibilidade de estabelecer parcerias com o setor privado e ter mais flexibilidade na contratação de serviços e pessoal, que atuará fora do país. “Atualmente, a Embratur é uma autarquia vinculada ao Ministério do Turismo, tendo como única fonte de recursos o orçamento da União. Com os sucessivos cortes deste orçamento, a capacidade de investimento em promoção do turismo brasileiro no exterior vem caindo drasticamente, prejudicando as ações de promoção do Brasil no mercado internacional e diminuindo a competitividade em um cenário de alta disputa pelo turista estrangeiro. No formato de agência, será possível celebrar convênios e promover ações integradas com outros órgãos governamentais e iniciativa privada”, disse.

De acordo com o presidente da Embratur, dados demonstram que países concorrentes no fluxo turístico, como Argentina (80 milhões de dólares), Colômbia (110 milhões de dólares) e México (490 milhões de dólares), tiveram orçamentos mais fortes na promoção do turismo internacional. No Brasil, este valor foi de apenas 12,8 milhões de dólares em 2018. Segundo ele, o novo orçamento da Embratur deve ficar na casa dos US$ 150 milhões. “Teremos uma atuação ativa e estratégica na captação do turista estrangeiro. Com o retorno da competitividade, a expectativa é de que o retorno seja mais emprego e renda para a população e o país”, finalizou.

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