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Brasil / Destinos / Turismo em Dados

“Turismo ainda deverá demorar a registrar ganhos”, diz economista da CNC

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Em maio, o setor de turismo perdeu R$ 21,4 bilhões

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aumentou de 4,6% para 5,1% a expectativa de crescimento do volume de receitas dos serviços em 2021. A estimativa tem como base os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de maio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Confirmada a previsão, seria a maior taxa de crescimento do setor desde o início da pesquisa, em 2011.

“Com volume de receitas 34,7% abaixo de fevereiro do ano passado, o turismo ainda deverá demorar a registrar ganhos nessa base comparativa. Apesar disso, as perdas do setor caíram pelo segundo mês consecutivo e tendem a se reduzir, na medida em que o processo de vacinação e as barreiras à circulação de turistas são relaxadas”, observa o economista da CNC responsável pela análise, Fabio Bentes.

Em maio, o setor de turismo perdeu R$ 21,4 bilhões, acumulando, desde o início da crise sanitária, um total de R$ 376,6 bilhões, segundo cálculos da CNC. Os Estados de São Paulo (R$ 152,1 bilhões) e do Rio de Janeiro (R$ 45,9 bilhões), principais focos da Covid-19 no Brasil, concentram mais da metade (52,6%) do prejuízo nacional.

O impacto significativamente negativo sobre as atividades turísticas se faz sentir também no mercado formal de trabalho. Nos doze meses encerrados em maio, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registra um saldo positivo de mais de 2,5 milhões de vagas – um avanço equivalente a 6,8% do estoque de postos de trabalho. O turismo segue como o único conjunto de atividades a registrar retração (-1,9% ou saldo negativo de 64.823 ocupações).

“Para os próximos meses, a tendência é que os serviços (inclusive o turismo) ganhem dinamismo, na medida em que os efeitos positivos da vacinação da população sobre a atividade econômica devem ficar mais evidentes. A CNC projeta avanço de 17,8% no volume de receitas do turismo em 2021, o que seria a maior taxa de crescimento do setor em 11 anos”, conclui Fabio Bentes.

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