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Opinião

EDITORIAL – O Rio merece mais

Principal cartão postal do Brasil no exterior e um dos destinos mais desejados entre os brasileiros, o Rio de Janeiro respira Turismo o tempo todo. E, como sabemos, o primeiro fator que viabiliza o crescimento e desenvolvimento de um destino são as ligações aéreas e os dois maiores aeroportos da cidade estão praticamente saturados. Além disso, há uma restrição que prioriza aeronaves de maior porte e inviabiliza voos mais curtos com equipamentos menores.

Há vários exemplos no mundo de grandes cidades que contam com aeroportos menores para receber voos regionais. Para citar apenas um, podemos falar do caso de Londres, que tem quatro grandes aeroportos para voos internacionais e de mais longa distância. Mas há também um menor, que só conta com frequências domésticas, por isso é pouco conhecido aqui, o London City. Lá pousam aeronaves menores, especialmente vindo de cidades mais próximas da capital britânica.

O Rio tem este potencial e até mesmo um aeroporto já praticamente apto a receber voos comerciais. Trata-se do Aeroporto de Jacarepaguá, localizado na zona Oeste do Rio de Janeiro e que pode beneficiar moradores do Recreio, Barra da Tijuca, Jacarepaguá e toda a Zona Oeste da cidade. Atualmente, ele é administrado pela Infraero e, segundo ela própria, não há estudos para receber voos comerciais. O que nos parece um grande equivoco, pois operações regulares ali seriam excelentes para toda a cidade.

Atualmente, as operações no aeroporto são focadas no atendimento de voos offshore para plataformas de petróleo, mas há estrutura e capacidade para ir muito mais além. Em 2018 passaram pelo terminal mais de 197 mil pessoas e, até julho deste ano já foram 91 mil passageiros. Há sim uma demanda, uma vez que a região conta com uma população grande e que utiliza dos serviços dos outros dois aeroportos cariocas. Seria, para eles, uma grande comodidade, haja vista o transito e distância até o Santos Dumont ou Galeão.

O governo federal está prestes a realizar uma nova rodada de concessões. Sabemos que nas mãos da iniciativa privada as possibilidades de melhoria na estrutura e captação de voos é amplificada. E incluir este aeroporto neste pacote seria a mais sábia saída para o Rio de Janeiro. Ganha o Turismo, com mais uma opção e mais oferta de voos. Ganham os moradores, que terão deslocamentos menores. E ganha, sobretudo, a cidade, que precisa deste e de outros investimentos para seguir sendo o destino de maior referência do Turismo brasileiro.

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