A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou que a economia global parece estar se recuperando do baque provocado pelo novo coronavírus mais rápido do que se imaginava há apenas alguns meses graças à melhora nas perspectivas para a China e os Estados Unidos.
A economia mundial está a caminho de contrair 4,5% este ano, disse a OCDE. A estimativa representa uma melhora ante a queda de 6% projetada em junho. Desde que seja evitado que o vírus se dissemine sem controle, a economia global voltará a crescer no próximo ano com uma expansão de 5%, ante previsão em junho de alta de 5,2%, de acordo com a OCDE.
Para a organização, também melhorou a perspectiva para o Brasil em 2020, de acordo com suas novas projeções. A OCDE projetou contração de 6,5% em 2020 no país, 0,9 ponto percentual a mais do que na estimativa de junho, prevendo que o Brasil crescerá 3,6% em 2021, uma piora de 0,6 ponto percentual.
A organização explicou que fez suas estimativas sob o pressuposto de que surtos locais continuarão e haverá ações locais em vez de paralisações nacionais. Elas também assumem que uma vacina não estará amplamente disponível até o final do próximo ano. A OCDE disse também que as ações de governos e bancos centrais para sustentar as rendas de famílias e empresas ajudaram a evitar contrações piores e devem portanto ser mantidas.
A perspectiva melhor para este ano mascara grandes diferenças entre as principais economias, com os Estados Unidos, China e Europa devendo ter desempenho melhor do que o esperado enquanto Índia, México e África do Sul podem se sair pior enquanto lutam para conter o vírus.
Tendo sido o primeiro país a experimentar o surto e depois de agir rapidamente para controlar a disseminação, a China deve ser o único país do G20 de potências econômicas a registrar crescimento este ano, com alta de 1,8%, contra projeção em junho de contração de 2,6%. Por sua vez, a economia dos EUA, maior do mundo, também deve ter desempenho melhor este ano com contração de 3,8%, contra queda de 7,3% projetada anteriormente.
Fonte: Agência Brasil/Reuters