Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Entrevistas

Antonio Azevedo faz balanço da sua gestão na Abav Nacional

Antonio Azevedo, da Abav

Antonio Azevedo, da Abav


Está tudo pronto para a 43ª Abav Expo Internacional de Turismo. O evento acontece entre os dias 24 e 26 de setembro, no Anhembi, em São Paulo. Para o atual presidente da Abav Nacional, Antonio Azevedo, é um momento mais que especial. À frente da entidade por dois mandatos, esta será a última do dirigente como comandante da associação. Na entrevista abaixo, ele faz um balanço sobre a sua gestão e sobre o futuro da atividade dos agentes de viagens.

Mercado & Eventos – Este é o último ano do senhor frente à Abav. Qual o legado acredita que deixará para a categoria?
Antonio Azevedo –
Meu balanço desses quatro anos, felizmente, é bastante positivo. O legado mais representativo para a categoria como um todo foi, sem dúvida, a regulamentação da atividade das agências de viagens, após 13 anos de espera. Fico muito satisfeito de ter esse marco na minha gestão, pois fui eu que encaminhei esse projeto ao deputado Alex Canziani. Para a associação, mais particularmente, uma conquista importante foi a internacionalização da Abav com a sua admissão em alianças globais, como a World Travel Agents Association Alliance (WTAAA) há três anos, onde somos a única representante sulamericana, e  o Foro Latinoamericano de Turismo (Folatur), a que nos juntamos no início deste ano. Mais recentemente, outra conquista de que nos orgulhamos muito foi nossa admissão como associação afiliada à Organização Mundial de Turismo (OMT), deferência só concedida após análise acurada entre as entidades mais representativas do setor em todo o mundo. Ainda no âmbito da associação, destaco a ampliação do escopo do ICCABAV, com o recém-lançado Programa de Certificação em Destinos, que tem sido muito bem recebido pelo mercado e foi iniciado com dez destinos nacionais e internacionais.

M&E – Em relação a feira, o senhor fez uma mudança importante trazendo o evento para São Paulo. Quais outras inovações a sua gestão trouxe para a Abav Expo, ao longo desses anos, que vieram para ficar?
Antonio Azevedo –
A feira cresceu muito com a transferência para São Paulo, em público, número de expositores e em visibilidade. Tanto o Anhembi quanto a logística do seu entorno é muito favorável, diferentemente do Rio de Janeiro, onde o acesso ao Riocentro sempre foi o principal entrave. Como mudanças que vieram para ficar, eu destaco a introdução das caravanas – aéreas e rodoviárias – que tem viabilizado a presença de agentes de viagens do interior de São Paulo e de várias outras localidades do país, que são um público bastante importante para a feira; a criação da Vila do Saber, espaço da feira dedicado à área do conhecimento e que tem como âncora o Congresso Abav de Turismo; e o estabelecimento de parcerias com Abeta, Abracorp e Braztoa, que há três anos reforçam a programação com seus eventos e atividades paralelas.

M&E – Antes de assumir a presidência da Abav, o senhor foi responsável pelo Iccabav e, desde então, fez da capacitação dos agentes de viagens uma das suas principais bandeiras. Acredita que os agentes já se conscientizaram da necessidade de se atualizar e capacitar?
Antonio Azevedo –
Tendo por base o interesse crescente que os cursos que realizamos por meio do ICCABAV tem despertado, eu posso afirmar que sim, o agente de viagens está mais consciente de que só com treinamento e capacitação ele poderá sobreviver em um mercado em que a concorrência está cada vez mais acirrada. Mudanças acontecem a todo instante e quem não estiver preparado e adaptado a elas ficará pelo caminho.
    
M&E – Até o momento, este foi um ano complicado para o mercado. Que avaliação o senhor faz sobre este primeiro semestre com o fechamento de algumas operadoras e das dificuldades encontradas pelas agências de viagens devido a situação da economia do país?
Antonio Azevedo –
Desde o início de 2015 vimos sinalizando que este seria um ano que pediria cautela. Fatores como níveis de emprego e renda impactam diretamente no desempenho da atividade, tanto na composição da cadeia que faz o turismo girar, quanto na formação do mercado necessário ao seu sustento. Setores com essa interdependência são mais suscetíveis a cenários instáveis. Entretanto esta não é a primeira crise que enfrentamos, nem o cenário prerrogativa do mercado ou do turismo brasileiro, o mundo todo tem enfrentado dificuldades que impactam em todos os setores econômicos, em maior ou menor escala. Vamos ultrapassar esta, como ultrapassamos as anteriores. Infelizmente, entretanto, alguns já ficaram e outros ainda ficarão pelo caminho, mas isso é normal em qualquer setor.

Receba nossas newsletters