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Agências e Operadoras

Air TKT quer ampliar diálogo com aéreas e meios de pagamento

Ralf Aasmann, diretor-executivo da Air TKT

Ralf Aasmann, diretor-executivo da Air TKT

Segurança, combate a fraudes, fortalecimento do setor e coesão nas demandas. Tudo isso está no radar da Air TKT, entidade que representa as consolidadoras de passagens aéreas. Recentemente, a associação teve a volta de duas de suas fundadoras: Rextur Advance e Flytour Gapnet. Na opinião do diretor-executivo da Air TKT, Ralf Aasman, ter de volta estes dois grandes players fortalece a entidade.

“Ter a presença destes dois grandes é muito importante. Não apenas eles. Embora não seja o nosso objetivo principal, novos membros são bem-vindos”, disse Aasmann. Para ele, esta representatividade contribui para dar força às lutas que a entidade vem travando. Uma das principais delas diz respeito às operadoras de cartões de crédito.

“Neste exato momento estamos movendo uma ação judicial contra as operadoras de cartão de crédito. Estamos questionando o charge back quando a compra é negada, que na nossa opinião deve ser de responsabilidade deles”, explicou. “Queremos uma regulamentação disso, porque a maioria das agências são pequenas e não podem arcar com um prejuízo destes”, complementou.

Segundo Aasmann, esta questão já foi levada ao Ministério Público. Para a Air TKT, a partir do momento em que a compra é autorizada, a responsabilidade deve ser da operadora. “Queremos discutir isso e envolver todos os players, inclusive a Iata, porque consideramos esta cobrança errada. Queremos soluções e não briga, por isso a ideia é colocar todos os envolvidos juntos para conversar”, afirmou.

O combate a fraudes também é uma das ações da Air TKT. Ele lembrou que a entidade faz parte do conselho do PCI, conjunto de normas para as agências em vigor desde o dia 26 de abril e que a maioria das empresas já está seguindo. “Também fazemos ações internas para padronizar procedimentos e contratos, bem como a cobrança de reembolsos”, explicou. Ralf Aasman falou ainda que a relação com a Iata evoluiu muito. Segundo ele, as duas entidades nunca estiveram tão próximas.

CASO ALITALIA

Recentemente causou furor no mercado a notícia de que consolidadoras deixariam de emitir bilhetes da Ailitalia. Aasmann reiterou que o fato não pode ser chamado de boicote, pois foram questões comerciais pontuais e já resolvidas. “Tudo foi normalizado”, garantiu. Ele explicou que isso eventualmente ocorre porque as matrizes das companhias não entendem, em um primeiro momento, o papel das consolidadoras e como elas funcionam no Brasil.

“Temos hoje cerca de 12 mil agências de viagens, segundo o Cadastur e o número de agências Iata não chega a 1 mil. Se as consolidadoras não emitirem, como ficam as outras 11 mil?”, questionou. “Com todas as regras existentes, não dá para ser Iata. Mesmo quem tem acaba emitindo via consolidadora no caso de determinadas companhias”, destacou.

FORTALECIMENTO DAS AGÊNCIAS

Aasmann lembrou que as consolidadoras não são apenas repassadoras de bilhetes e que prover crédito deixou de ser a principal atribuição destas empresas. Hoje, elas oferecem tecnologia e serviços às agências. “Temos ferramentas de back office, capacitação e consultoria. O crédito é apenas o primeiro passo”, disse. “O consolidador está no mercado para agregar tanto às agências como aos fornecedores. Temos que trabalhar juntos e em harmonia”, finalizou.

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