Com mais de 700 mil credores, 123 Milhas fechou 1º semestre com R$ 1,6 bilhão de prejuízo

Ao todo, a empresa declarou ter R$ 2,3 bilhões em dívidas ao pedir recuperação judicial (Divulgação)

O balanço da 123 Milhas entregue junto com o pedido de recuperação judicial, nessa terça-feira (29), à Justiça de Minas Gerais, revela um prejuízo de R$ 1,67 bilhão no primeiro semestre de 2023. O número é infinitamente maior do que o prejuízo de “apenas” R$ 13,1 milhões dos primeiros seis meses do ano passado. Os dados foram obtidos pelo portal Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) junto a fontes que pediram anonimato.

De acordo com o portal, embora a receita tenha crescido 30% no 1S23, chegando perto dos R$ 150 milhões, os custos operacionais foram 15 vezes maiores, chegando perto de R$ 826 milhões, o que acabou invibializando a saúde financeira da empresa. Junta-se a isso, segundo o Broadcast, outros R$ 818,5 milhões de perdas por desvalorização de ativos, como por exemplo o item contas a receber de clientes. Combinados, esses valores chegam, portanto, a R$ 1,67 bilhão.

O balanço aponta ainda que entre dezembro do ano passado e junho deste ano, o patrimônio líquido da 123 Milhas saiu de R$ 5,8 milhões negativos para R$ 1,676 bilhão negativo. Ao todo, a empresa declarou R$ 2,3 bilhões em dívidas ao pedir recuperação judicial. A companhia ainda deve entregar parte dos documentos referentes ao processo, como a lista de credores completa. No entanto, sabe-se que são cerca de 730 mil credores ao todo.