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Agências e Operadoras / Aviação / Serviços

Empresas do Turismo já perderam R$ 54 bilhões em valor de mercado

Mais de R$ 54 bilhões. Este foi o impacto da pandemia de coronavírus no valor de mercado das seis empresas brasileiras com capital aberto listadas na B3 (Bolsa de Valores Oficial do Brasil) vinculadas ao setor de Turismo. Desde o anúncio do primeiro caso no País, em 25 de fevereiro, as ações de Gol, Azul, Smiles, Movida, Localiza e CVC caíram em média 64%, mais que a própria B3, que despencou 40% no período.

A bolsa saiu de 113 mil pontos no dia 21 (último dia de pregão antes do anúncio), para 68 mil pontos no fechamento do mercado nesta quinta-feira (19). Já o valor de mercado das empresas de Turismo saiu de R$ 84,6 bilhões para R$ 30,4 bilhões, algumas com perdas acionárias que superam os 80%.

Ações de empresas brasileiras desde o primeiro caso de coronavírus no Brasil

Ações de empresas brasileiras desde o primeiro caso de coronavírus no Brasil

MAIORES QUEDAS

Em valores absolutos a maior queda foi da Localiza, que perdeu aproximadamente R$ 21,5 bilhões, cortando mais da metade seu valor de mercado. Das seis empresas, a locadora é que tem o maior capital acionário, cenário que não se alterou. A empresa saiu de R$ 41,2 bilhões para R$ 19,8 bilhões no último fechamento do mercado.

Já proporcionalmente, as maiores perdas foram da Gol, que perdeu 81,5% de seu valor de mercado, ou R$ 7,5 bilhões em valores absolutos, caindo de R$ 9,2 bilhões para R$ 1,7 bilhão. As ações da companhia fecharam em alta de 11,6% nesta quinta, cotadas a R$ 6,25. No entanto, a cotação antes da chegada da epidemia no Brasil era de R$ 33,82 por ação.

Queda das ações da Gol no último mês

Queda das ações da Gol no último mês

A Azul, outra companhia aérea da lista, foi a segunda com maior perda, tanto percentual quanto em valores absolutos. As ações da companhia caíram 78,49%, o equivalente a R$ 14,4 bilhões de perda no valor de mercado. No fechamento da B3, a empresa registrou um valor de mercado de R$ 3,94 bilhões, quase cinco vezes menor que há três semanas, quando a empresa estava avaliada em mais de R$ 18 bilhões.

O caso CVC

A CVC é um caso à parte neste cenário. A companhia, que já acumulava perdas acionárias em 2020, decorrente de resultados abaixo da expectativa no balanço do 3º trimestre de 2019, viu dois acontecimentos agravarem ainda mais o quadro. No fim de fevereiro, além do crescimento do número de casos de coronavírus em grandes destinos turísticos, a empresa sentiu os impactos do anúncio de erros no balanço, corresponde ao período entre 2015 e 2019, sentiu o impacto da pandemia no mercado.

Com isso a empresa perdeu quase 76% de seu valor de mercado desde o fim de fevereiro. No ano, a queda já chega a 83%, saindo de um valor de mercado de R$ 6,67 bilhões em 2 de janeiro para R$ 1,1 bilhão no fechamento da bolsa. A turbulência chegou a ser amenizada por uma leve alta nas ações decorrentes da troca no comando do grupo, mas o impacto que o avanço dos casos de coronavírus teve na bolsa brasileira frustrou qualquer expectativa de recuperação.

Quedas das ações da CVC se acenturam após a divulgação do balanço do 3º trimestre

Quedas das ações da CVC se acenturam após a divulgação do balanço do 3º trimestre

Antes do anúncio do balanço do 3T19, as ações da companhia fecharam cotadas a R$ 51,82, totalizando um valor de mercado de R$ 7,7 bilhões. No dia seguinte, após a divulgação dos resultados, as ações tiveram queda de 14%, para R$ 44,49. A CVC se manteve no mesmo patamar até o início de 2020, abrindo com ações a R$ 44,71.

Antes do anúncio da identificação de possíveis erros no balanço, já começou a sentir os impactos da pandemia de coronavírus, com uma queda de 31% nas ações no ano. Após comunicado ao mercado, publicado em 28 de fevereiro, as ações registram uma baixa de 10,6% no pregão seguinte.

Na última quarta-feira (18) as ações da empresa fecharam o dia cotadas a R$ 6,49, acumulando uma queda de 34% e relação ao dia anterior. Ontem as ações subiram 14,8%, cotadas a R$ 7,45.

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