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Agências e Operadoras / Fotos

Pesquisa mostra mudança de expectativa para agências

Marciano Freire e Eduardo Nascimento, presidentes do Ipeturis e do Sindetur-SP

Marciano Freire e Eduardo Nascimento, presidentes do Ipeturis e do Sindetur-SP


Historicamente o segundo semestre sempre supera o primeiro em volume de vendas no mercado de Turismo. Este fato, no entanto, não ocorreu em 2014, conforme apontou o estudo “Indicadores Econômicos do Agenciamento Turiístico Nacional”, feito pelo Instituto de Pesquisas, Estudos e Capacitação em Turismo (Ipeturis) a pedido do Sindetur-SP. De acordo com os dados, o primeiro trimestre do ano foi o melhor e o último teve o menor volume de vendas de todo o ano.

Em uma amostra de 716 empresas, o estudo mostrou que nos primeiros três meses do ano, a média geral de faturamento por empresa foi de R$1,04 milhão; segundo de R$ 911 mil no segundo trimestre; R$ 996 mil no terceiro e R$ 882 no último. “Houve uma inversão na lógica histórica de vendas. Isso foi atípico, mas se deu por um conjunto de fatores. Primeiro pela antecipação de viagens por conta da Copa do Mundo e depois pela alta do dólar em abril e, por fim, as eleições”, explicou o presidente do Ipeturis, Marciano Freire.

Os pesquisados também foram questionados sobre as perspectivas para o primeiro trimestre deste ano. A maioria (48%) acredita que o período será melhor do que os últimos três meses de 2014, enquanto 22,8 projeta que será igual e 28,4% que será pior. Os dados foram coletados em janeiro, portanto, antes, do dólar chegar a casa dos R$ 3.

O otimismo dos pesquisados não é compartilhado pelo presidente do Ipeturis. Para Freire o ano não deve ser bom para o setor de agências e operadoras. Ele acredita que o maior impacto será nas viagens de lazer, mas como o corporativo também acompanha o crescimento da economia também deve sofrer. “Será um ano quase recessivo. Conversando informalmente com as empresas, vemos uma queda próxima a 30% no volume de vendas somente em fevereiro”, revelou.

A opinião é compartilhada por Eduardo Nascimento, presidente do Sindetur-SP. Ele classificou o atual momento do país como a principal crise já vivida por ele, que tem 55 anos de atuação no Turismo. “Temos uma crise hídrica, crise energética, crise política, crise econômica e crise de confiança. Sempre que há uma crise, depois vem a bonança, porque ela gera uma demanda que fica reprimida e o mercado volta com mais força. Esta pode ser uma oportunidade”, definiu.

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