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Aviação / Destinos / Política

Com possíveis interessados, Aena acredita em demanda para voos internacionais em Congonhas

PARTE II

Santiago Yus presidente da Aena Brasil Com possíveis interessados, Aena acredita em demanda para voos internacionais em Congonhas

Santiago Yus, presidente da Aena Brasil

SÃO PAULO – A “PARTE I” da nossa entrevista com o presidente da Aena Brasil, Santiago Yus, já foi super especial. Abordamos uma série de questões envolvendo os 100 primeiros dias de operação dos novos aeroportos, com direito até a reativação de áreas que hoje estão em desuso para a abertura de novas lojas de varejo, restaurantes e até salas VIPs. Mas e os voos internacionais em Congonhas? Já há companhias interessadas?

Estas perguntas têm suas devidas respostas nesta “PARTE II” da nossa entrevista com o presidente da Aena Brasil, Santiago Yus. Ele não escondeu seu otimismo com relação a existência de demanda para voos internacionais em Congonhas, com direito até a aproximação de algumas companhias aéreas que veem ligações fortes entre capitais da América do Sul, e ainda comentou sobre a estratégia de captação de voos junto às iniciativas públicas e privadas.

E será que Aena Brasil teria apetite para participar de novas licitações de aeroportos brasileiros no futuro? E como funciona o modelo de rede entre os terminais administrados pela empresa? Também temos as respostas para estas perguntas. Santiago Yus abriu o jogo com o M&E não só sobre os desafios de assumir como presidente da Aena Brasil, mas também sobre sua vida pessoal. O que o executivo fez para morar no Brasil e chegar onde chegou? Tudo isso vamos conferir na PARTE III.

Demanda para voos internacionais em Congonhas? Temos!

IMG 9643 Aena Brasil assume Congonhas em outubro e anuncia novo terminal e conjunto de melhorias

Número 4 é onde ficará o novo terminal de passageiros (Reprodução)

Que Congonhas é terminal é o segundo mais movimentado do Brasil, a segunda ponte aérea mais movimentada em assentos na América Latina, a gente já sabe. Que o aeroporto tem uma série de melhorias a serem realizadas ainda em 2024 e ao longo dos anos (até 2028), a gente também já sabe. E como já vimos aqui no M&E, Congonhas ganhará um novo terminal e uma área reversível para receber voos internacionais. Mas será que tem demanda?

“É o mercado que cria demanda para voos internacionais. Nós, da Aena Brasil, só fazemos a gestão de infraestrutura, embora também possamos incentivar e estimular as rotas de alguma forma. Apesar disso, acreditamos que existirá uma demanda de voos internacionais para Congonhas, não naqueles volumes de grandes terminais internacionais, porque a própria capacidade global do aeroporto não permite ter grandes acréscimos, mas em algumas rotas pontuais que possam fazer conexões diretas com algumas capitais da América do Sul”, destacou Santiago Yus.

Mas já houve alguma companhia interessada em operar em Congonhas? De acordo com Santiago Yus, sim! Mas não é possível revelar nomes para não atrapalhar as estratégias das empresas. “Estou convencido que há demanda para um certo tipo de cliente, com conexões com capitais da América do Sul”

Mas já há alguma companhia interessada em operar em Congonhas? De acordo com Santiago Yus, sim! Mas não é possível revelar nomes para não atrapalhar as estratégias das empresas. “Na Routes global do último ano, houve aproximação com algumas companhias aéreas que já estavam por dentro de uma possível atividade internacional de Congonhas. Por isso, estou convencido que há demanda para um certo tipo de cliente, com conexões com capitais da América do Sul”, destacou.

Embarque de passageiros em Congonhas Com possíveis interessados, Aena acredita em demanda para voos internacionais em Congonhas

Congonhas terá uma área reversível para receber possíveis voos internacionais

O mais importante é que Congonhas terá uma área reversível para receber possíveis voos internacionais. “Nossa infraestrutura prevê essa área para que, quando este mercado queira criar operações internacionais, a gente possa atender. É claro que ainda estamos na fase do projeto básico, mas já sabemos qual será o principal gargalo: os slots em Congonhas. Atualmente, estamos com 44 operações por hora, sendo 36 comerciais e oito executivas, então este mix de slots deverá passa por ajustes para que possamos trazer novos concorrentes e operações internacionais”, complementou o presidente da Aena Brasil.

“Acreditamos que existirá uma demanda de voos internacionais para Congonhas, em algumas rotas pontuais que possam fazer conexões diretas com algumas capitais da América do Sul. É claro que ainda estamos na fase do projeto básico, mas já sabemos qual será o principal gargalo: os slots”

Em dezembro do ano passado, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse que queria dialogar e buscar soluções para voos internacionais em Congonhas, após ser questionado pelo M&E sobre esta possibilidade. E esta reunião aconteceu na última segunda-feira (26). “É claro que a internacionalização de um aeroporto passa pelo governo federal, através da polícia federal e da receita federal, mas mantemos contato com prefeitura e governo do estado para estarmos todos alinhados”, destacou Yus.

Ainda nesta semana você confere a PARTE III desta entrevista.

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