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Aviação

ALTA vê com ‘grande preocupação’ o crescente impacto do coronavírus

aeroporto movimentação inframerica

ALTA apelou aos governos da região para que trabalhem ainda mais estreitamente com a indústria para garantir a viabilidade do setor

A Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) vê com “grande preocupação” o crescente impacto do coronavírus (Covid-19) em toda a cadeia do transporte aéreo sobre os passageiros, o setor de turismo, assim como em relação à potencial desestabilização financeira das nações da região. A Associação lembra que a indústria aérea tem crescido de forma sustentada na América Latina e Caribe, com o décimo sexto ano consecutivo de crescimento em 2019 e mais de 300 milhões de passageiros transportados pelas companhias da região.

“A América Latina ainda não apresenta em números o impacto do coronavírus, exceto algumas rotas para a Europa e Ásia, que já mostram-se afetadas. No entanto, as estimativas apresentadas pela IATA dão conta de que em 2020 o tráfego global de passageiros será reduzido entre 11% e 19% e que o setor de transporte de passageiros terá perdas entre 63 bilhões e 113 bilhões de dólares em receita”, diz.

Neste contexto, a ALTA apelou aos governos da região para que trabalhem ainda mais estreitamente com a indústria para garantir a viabilidade do setor e a manutenção das economias a médio e longo prazo por meio de medidas excepcionais e temporárias que permitam a operação e mobilidade de passageiros. A este respeito, a ALTA solicitou às autoridades competentes as seguintes questões:

  • Manter contato direto e transparente com as companhias aéreas para informar e coordenar de forma efetiva quaisquer medidas de controle de ingresso ou formulário de saúde, exigidos pelos diferentes países;
  • Flexibilizar as regras de alocação de faixas horárias (slots) nos aeroportos como uma medida excepcional para garantir que a baixa demanda ou cancelamentos de voos não afetem o cumprimento de históricos das companhias aéreas, necessários para o planejamento da próxima temporada de vôos;
  • Reduzir de maneira geral os custos para a indústria a fim de mitigar o excepcional. Entre eles, impostos, taxas e encargos em toda a cadeia produtiva das companhias aéreas;
  • Ajustar as condições de trabalho como uma medida de contingência para garantir empregos no setor durante esta situação de emergência de saúde pública.

“A indústria aérea, por natureza, gera margens muito baixas e o impacto do COVID-19 na atividade econômica representa um risco para a subsistência de várias companhias aéreas e empresas do setor, reconhecidamente motor para vários outros setores da economia global. A ALTA está à disposição das autoridades da região para avaliar as medidas recomendadas e implementar políticas alinhadas às recomendações da Organização Mundial da Saúde, como medidas urgentes para minimizar a propagação do vírus, garantindo a viabilidade da indústria até a retomada da estabilidade das operações”, finaliza a associação.

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