Após descartar A380, CEO da Singapore volta atrás: “ainda tem papel a cumprir”

A380

A Singapore Airlines (SIA) estava certa de que o futuro não daria espaço para o A380 complementar a sua frota. A companhia até optou por não prorrogar o contrato de leasing do primeiro superjumbo de sua frota, como divulgado pelo M&E no último dia 15 de setembro, além de já ter decidido encomendar novas aeronaves do modelo somente se a demanda se mostre de fato convicente até 2017. No entanto, parece que a semana serviu para a companhia refletir bastante sobre o futuro do modelo.

Tanto é que já enfatizou que permanecerá comprometida com a frota de A380, mesmo após a decisão de não prorrogar o leasing do primeiro superjumbo de sua frota. É bom frisar que todas as outras aeronaves do modelo que compõem a frota da SIA ainda permanecem com seus respectivos futuros indefinidos. No entanto, o CEO Goh Choon Phong afirmou que a companhia “continua vendo um importante papel para o A380, particularmente nas rotas de alta demanda de passageiros” para aeroportos que possuem as burocráticas restrições de slots.

A decisão pode fazer a Airbus respirar. Isto porque, com o contínuo enfraquecimento no número de encomendas do A380, a fabricante francesa se viu obrigada em cortar a produção de 27 aeronaves em 2015 para apenas 12 em 2018. Este é o reflexo da nova tendência que surge na indústria de aviação, algo que a SIA estava prestes a seguir.

“Cada contrato de leasing tem uma validade diferente”, disse o CEO. Ele afirma ainda que a companhia examinará a situação dos outros 5 A380s que estão encomendados e devem chegar até o fim de 2017, e outros que já estão em sua frota sob contrato de leasing. Por outro lado, a SIA comemora a chegada do 6° A350 à sua frota, enquanto já planeja receber outras 18 unidades widebody nos próximos 18 meses. Ao todo, a companhia tem uma ordem de encomenda que chega a 67 aeronaves do modelo, algo que pode ser vital para a substituição definitiva do modelo.