Parece que o CEO Akbar Al Baker está extremamente empolgado com a mais nova encomenda histórica realizada pela Qatar Airways, na última sexta-feira (07). Ao todo, exatas 100 aeronaves podem estar incluídas neste acordo divulgado pela Boeing, entre 30 B787-9s, 10 B777-300ERs e a opção de compra de 60 B737 MAX 8s, em valores que podem chegar perto dos US$ 18,6 bilhões. Para Al Baker, a opção por aeronaves produzidas pela fabricante norte-americana é simples: uma maior qualidade.
“A Boeing já fabricava aeronaves décadas antes de qualquer outra empresa pensar neste investimento, logo a experiência neste setor faz dela uma empresa tão robusta, responsável pela criação das melhores, mais sólidas e confiáveis aeronaves do que qualquer outra”, alfinetou Al Baker. “Eu sei que os concorrentes não gostariam de me ver dizendo isso, mas eu estou certo que, no fundo, todos sabem que a Boeing faz as melhores aeronaves”.
Com relação à encomenda de 50 aeronaves A320neo, o CEO reconhece os problemas das aeronaves e não descarta um afastamento real desta frota. “Como sabemos, os Neos vêm tendo uma série de problemas. As companhias que já receberam o modelo não estão conseguindo alcançar as especificações prometidas, por conta desses imbróglios na aeronave. Para tentarmos minimizar este risco, não tivemos outra alternativa a não ser encomendar uma frota confiável da família B737”, voltou a não medir palavras o CEO.
No último dia 05 de setembro, o próprio executivo perdeu a paciência e optou por cancelar mais uma ordem de encomenda que englobaria duas unidades do modelo, o que faz o número total de cancelamentos subir para três jatos. Em entrevista coletiva, na época, Al Baker afirmou que os problemas que continuam afetando os procedimentos considerados padrão da aeronave permanecem inalterados. Um time de representantes da Airbus esteve em Doha na última semana para tentar contornar a situação, mas não obteve êxito.
Segundo fontes do setor, o motor do A320neo ainda sofre com algumas restrições devido ao hardware e ao software, que após o acionamento necessita manter a marcha lenta por três minutos. O problema impede que a aeronave inicie os procedimentos de taxi, algo considerado extremamente sério em aeroportos movimentados, podendo comprometer inclusive a utilização de slots.