Auxílio da Lufthansa é aprovado pela Comissão Europeia; Ryanair critica

Sob os termos do resgate bilionário, o governo irá inicialmente responder por 20% das ações da companhia após a compra de novas ações

Após ser aprovado pelo Conselho Administrativo e por 98% dos acionistas que compareceram a votação (representando 39% do capital total do Grupo Lufthansa), o auxílio de 9 bilhões de euros também ganhou a aprovação da Comissão Europeia. O “sim” dos acionistas era incerto justamente por conta do acionista principal, Heinz Hermann Thiele, que detém 15% das ações, ter expressado sua preocupação com relação a influência do Estado alemão na companhia.

Sob os termos do resgate bilionário, o governo irá inicialmente responder por 20% das ações da Lufthansa após a compra de novas ações. A participação pode chegar até 25% no futuro. No entanto, o Governo Alemão prometeu abster-se de votar em qualquer questão que não estejam envolvidas as tentativas de aquisição.

CEO da Ryanair critica resgate

Quem não gostou nada da aprovação foi o CEO da Ryanair, Michael O’Leary, que vai apelar contra a decisão. “Este é um caso espetacular de um rico membro da União Europeia ignorando os tratados para beneficiar sua indústria nacional em detrimento de países mais pobres. Sob o pretexto da Covid-19, o governo alemão está concedendo uma ajuda de 9 bilhões de euros à Lufthansa, mesmo o CEO admitindo que não seria necessário. Ao aproveitar uma clara brecha das regras de concorrência da Europa, o governo desperdiça dinheiro dos contribuintes para sustentar uma companhia aérea não competitiva”, destacou.