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Aviação

Azul não tem interesse em novo modelo de recuperação da Avianca, afirma VP

Azul e Avianca

Azul foi a primeira a manifestar interesse nos ativos da Avianca Brasil

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o vice-presidente financeiro da Azul, Alex Malfitani, declarou que a companhia não teria interesse em participar da disputa pelos ativos da Avianca Brasil no novo plano proposto, que prevê a divisão da companhia em sete Unidades Produtivas Individuais (UPIs).

De acordo com o executivo, o novo modelo não se sustenta do ponto de vista regulatório e competitivo. Ele ainda avaliou que existe uma grande probabilidade de que os credores peçam um prazo menor para avaliar o novo modelo proposto na Assembleia Geral que acontece nesta sexta-feira (5). Malfitani ainda também que a Azul já emprestou R$ 50 milhões à Avianca para o pagamento de despesas.

Para a companhia, a grande perda em sair da briga pelos ativos seria não conseguir slots no aeroporto de Congonhas, onde companhia tem pouca participação. O vice-presidente destacou que sem aquisição a Azul seguirá seu plano de crescimento baseado em expansão de frota e de destinos.

HISTÓRICO

O primeiro plano de recuperação judicial da Avianca previa a criação de uma nova empresa, composta pela frota de 28 aviões, além de 70 pares de slots (direito de pousos e decolagens). Neste modelo, a Azul assinou, no início de março, uma proposta pela aquisição da nova empresa pelo montante de US$ 105 milhões, além de conceder empréstimos como antecipação do pagamento pra auxiliar nas despesas correntes.

No início desta semana o Elliott Management, maior credor da Avianca Brasil na recuperação judicial, propôs a divisão dos ativos da aérea em sete UPIs, sendo seis delas compostas por slots em Congonhas, Guarulhos e Santos Dumont, funcionários e aeronaves, além da sétima exclusiva para o Amigo, programa de fidelidade da Avianca.

O novo plano apresentado prevê o leilão de pelo menos duas UPIs por um valor mínimo de US$ 70 milhões cada, além de um conjunto três UPIs pelo mesmo valor. O novo modelo despertou o interesse de Gol e Latam, que fizeram propostas pelos ativos nesta semana.

ALERTA DO CADE

Nesta sexta-feira, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) publicou nota em que manifesta preocupação com a concorrência em caso de aquisição dos ativos pelas três aéreas brasileiras, fazendo uma ressalva de que a compra por parte da Azul seria menos prejudicial ao mercado.

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