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Aviação / Turismo em Dados

Covid-19 derruba demanda em fevereiro: “maior crise que o setor já enfrentou”, diz Iata

A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata) divulgou os dados de oferta e demanda da aviação comercial global de passageiros para o mês de fevereiro. Embora tenha sido em março que governos e companhias aéreas começaram a tomar as medidas drásticas para conter a pandemia do coronavírus (Covid-19), com fechamento de fronteiras e redução de voos, o mês de fevereiro já começou a mostrar as quedas que se repetirão nos próximos meses em todo o planeta.

Medida foi solicitada mediante as consequências do impacto do novo Coronavírus no Turismo mundial

China teve queda de 83,6% de tráfego em fevereiro

A demanda total caiu 11,4% em fevereiro, a maior queda desde o 11 de setembro de 2001, refletindo diretamente o colapso da aviação comercial chinesa e a queda acentuada na procura por voos em todo o mundo, principalmente de/para Ásia-Pacífico. A capacidade seguiu o mesmo caminho e caiu 8,7%, o que fez a taxa de ocupação ser derrubada para 75,9% (-4,8 p.p). Já a demanda internacional caiu 10,1% em fevereiro, o pior resultado desde a epidemia de SARS, em 2003. A capacidade recuou 5%. Isto fez a taxa de ocupação média chegar a 75,3%, queda brusca de 4,2 pontos percentuais em apenas um mês.

“As companhias aéreas foram atingidas por uma marreta chamada Covid-19 em fevereiro. As fronteiras foram fechadas em um esforço para impedir a propagação do vírus. E o impacto na aviação deixou as companhias aéreas com pouco a fazer, exceto cortar custos e tomar medidas de emergência na tentativa de sobreviver nessas circunstâncias extraordinárias. A queda global de demanda de 14,1% é grave, mas para as operadoras da região Ásia-Pacífico, a redução foi de 41%. E isso só piorou. Sem dúvida, esta é a maior crise que o setor já enfrentou”, disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA.

A queda global de demanda de 14,1% é grave, mas para as operadoras da região Ásia-Pacífico, a redução foi de 41%. E isso só piorou. Sem dúvida, esta é a maior crise que o setor já enfrentou – diz o CEO da Iata.

Com relação a demanda doméstica nas regiões mais importantes do planeta, o destaque negativo vai para o mercado chinês: queda de 83,6% de tráfego em fevereiro, o pior resultado desde o começo das medições realizadas pela Iata em 2000. E já que o pior já passou por lá, o fim das restrições durante o mês de março pode mostrar algum ganho nos resultados mensais. A capacidade recuou 70,4%, o que fez a taxa de ocupação chegar a um dos menores patamares da história (48,5%).

América Latina

A América Latina ainda não tinha sido tão afetada pela pandemia do coronavírus (Covid-19) em fevereiro. Números bem piores serão contabilizados nos meses de março e abril. No entanto, já houve queda para o segundo mês de 2020 em toda a região: -0,4% de demanda, bem “melhor” do que os 3,5% de recuo registrados em janeiro, e -0,4% em capacidade, o que fez a taxa de ocupação média da região chegar aos ainda saudáveis 81,3% no período.

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