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Aviação

Credores aprovam plano de reestruturação da South African Airways

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O governo da África do Sul, único acionista da South African Airways, acabou apoiando o plano de reestruturação principalmente por envolver investidores estratégicos dispostos a recapitalizar a companhia aérea

Os credores da South African Airways enfim aprovaram o plano de reestruturação da companhia aérea, descartando por ora o fim de suas atividades e ladrilhando o caminho para a retomada de suas operações. Durante a votação ocorrida nessa terça-feira (14), 86% dos credores votaram a favor do plano que exigirá cerca de US$ 600 milhões do governo sul-africano para resgatar a South African Airways.

O governo da África do Sul, único acionista da SAA, já demonstrou simpatia pelo plano de reestruturação, principalmente por envolver possíveis investidores estratégicos dispostos a injetar capital na companhia aérea. No mês passado, os credores tinham votado a favor de adiar a decisão de aceitar ou não o plano de reestruturação que foi apresentado pelos Profissionais de Resgate de Empresas da África do Sul (BRP) no último dia 17 de junho.

O até então diretor Comercial da SAA, Philip Saunders, foi nomeado diretor executivo interino da nova companhia aérea que deve emergir da reestruturação. Kgathatso Tlhakudi, diretor geral interino do Ministério de Linha da SAA, do Departamento de Empresas Públicas, disse ao portal Moneyweb que o governo nomeará em breve um consultor de transações encarregado em buscar parceiros estratégicos dispostos a investir na companhia aérea.

A reestruturação da companhia precisa da injeção milionária de capital para arcar com US$ 175 milhões em compensação de reembolsos; US$ 128 milhões em demissões; US$ 99 milhões para cobrir pagamentos de arrendadores, US$ 35 milhões para outros credores e US$ 164 milhões de injeção de capital direta na operação. A maioria destes pagamentos poderá ser feita no período de três anos, de acordo com o plano.

Futuro da SAA

O Governo já tinha dito que apoiaria o projeto e que o desejo de participar era para justamente ver a SAA emergir do processo de reestruturação sendo viável e sustentável como companhia aérea de bandeira nacional. Para isso, no entanto, precisará ser reduzida. Após o processo de reestruturação, pelo menos no começo, a South African Airways terá apenas seis aeronaves na frota.

De julho de 2020 a fevereiro de 2021, a ideia é manter apenas seis jatos de corredor único (narrowbody) e mil colaboradores, número bem diferente da frota de 44 aeronaves e 5 mil funcionários que havia antes da recuperação judicial. Após fevereiro de 2021, a ideia é aumentar a frota para 19 aeronaves pelos próximos nove meses e logo depois receber sete A350-900s que chegariam a partir de dezembro, fazendo a frota chegar a 26 aeronaves e a companhia ter cerca de 2,9 mil funcionários.

Apesar dos cortes com a aprovação do processo de reestruturação, quase todos os destinos operados pela South African Airways no país e em todo o continente africano permanecerão sendo operados, bem como outras nove rotas intercontinentais.

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