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Aviação

Efeito MAX: Gol negocia compensação financeira com a Boeing

A paralisação dos modelos para manutenção aconteceu após uma determinação de aeronavegabilidade emitida pela FAA no início de outubro

Gol tem sete B737 MAXs parados

A Gol é a única no país a utilizar aeronaves Boeing em voos domésticos. Toda a sua frota é composta por jatos da fabricante norte-americana. Atualmente, a companhia conta com 23 B737-700s, 106 B737-800s e outros sete B737 MAX 8s, que permanecem inoperantes desde março de 2019. Há ainda outras 128 aeronaves por chegar, todas do modelo MAX (98 MAX 8s e outros 30 do MAX 10s). Muitas já estão prontas, mas não podem ser entregues.

Tudo por conta da crise do B737 MAX, que vem sendo acompanhada pelo M&E desde o ano passado. Os diversos problemas encontrados no novo membro da família de narrowbodies da Boeing acabou comprometendo e adiando muitos planos de expansão da Gol, tanto em voos domésticos, como em internacionais, principalmente para os Estados Unidos e o Cone Sul.

E como já aconteceu com American Airlines, Aerolíneas Argentinas, Aeromexico, Turkish Airlines e tantas outras clientes da Boeing, a Gol também buscará uma compensação financeira futura pela paralisação do B737 MAX. Ao M&E, a companhia confirmou que “mantém conversas com a Boeing para uma compensação financeira futura, bem como reforça que sempre teve um relacionamento de confiança e transparência com a empresa”.

Em setembro, durante a Abav Expo 2019, o vice-presidente da Gol, Eduardo Bernardes, cogitava a volta do B737 MAX ainda em dezembro do ano passado. Como isso não aconteceu, a companhia acabou sentindo a não operação das aeronaves justamente durante a alta temporada de verão.

“Se não houvessem problemas com a aeronave, até ontem a gente teria em torno de 20 MAXs. Hoje temos sete parados aqui no Brasil. Por conta disso fomos buscar aeronaves no mercado sob contrato de leasing. Agora esperamos que em dezembro o MAX já esteja pronto para voar. É claro que sempre fez falta, porque fomos obrigados a buscar aeronaves que não têm o padrão da Gol, mas até que conseguimos contornar bem. Fará falta mesmo se não tiver liberado para voar em dezembro e janeiro”, disse o VP, em entrevista ao M&E em setembro.

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