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Aviação

Governo de Portugal admite possibilidade de nacionalizar a TAP

O modelo escolhido para operar os novos voos foi o A321NEO

No início do mês, a TAP suspendeu os contratos de trabalho de 90% de seus funcionários

Depois de Itália e França indicarem uma possível nacionalização de Alitalia e Air France-KLM, foi a vez de Portugal cogitar a possibilidade de estatizar a TAP para garantir a sua sobrevivência em meio à pandemia de coronavírus (Covid-19). A medida é vista como uma das alternativas pelo governo do primeiro-ministro António Costa, que aponta a empresa como fundamental para o país.

A opção era descartada, principalmente por acionistas da companhia, mas a evolução da pandemia e as restrições operacionais fizeram a nacionalização da companhia voltar a ser discutida. No início do mês, a empresa suspendeu os contratos de trabalho de 90% de seus funcionários, além de reduzir as suas operações de 3 mil para apenas cinco voos semanais.

Em entrevista à Rádio Observador, António Costa reforçou a importância da companhia para o país e destacou a estatização com alternativa. “A necessidade de nacionalizar a TAP ou outra empresa fundamental para o país não pode ser excluída”, destacou.

António Costa, primeiro-ministro de Portugal (Foto: João Bica/Portugal.gov.pt)

António Costa, primeiro-ministro de Portugal (João Bica/Portugal.gov.pt)

A possibilidade de reestatização também foi admitida pelo Ministro das Finanças, Mário Centeno, ressaltando, porém, que existem outras alternativas para ajudar à companhia. “Não seria correto nem verdadeiro que eu dissesse que qualquer opção fosse tabu. Sobre a TAP, por exemplo, tem desafios únicos. Há muitas formas de intervir, mas essa (nacionalização) também é uma delas”, disse Centeno em entrevista à TVI.

O próprio governo de António Costa foi o responsável pelo processo de desestatização da TAP. Em 2015, durante o primeiro mandato, o governo vendeu 61% da companhia ao consórcio Atlantic Gateway, de propriedade de David Neeleman e do empresário português Humberto Pedrosa.

No entanto, em 2017, o estado voltou a ser acionista majoritário, retomando para 50% a sua participação na companhia, com a outra metade dividida entre a Atlantic Gateway (45%) e os funcionários (5%).

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