Irlanda teme perda de empregos e voos com venda da Aer Lingus

Jillie Walsh, diretor-presidente da International Airline Group (IAG), grupo formado em 2009 após fusão da British Airways e Iberia, afirmou na última segunda-feira (02/02), que se compromete em manter as rotas da Aer Lingus intactas entre Irlanda e Reino Unido, enquanto enfrenta uma pressão por parte de políticos irlandeses que temem a venda da aérea estatal para o grupo.

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Para o governo, que detém 25% das ações da Aer Lingus, o dinheiro da oferta é menos importante do que a sobrevivência política frente à população, que acredita em um esvaziamento de rotas e empregos da companhia, que ainda carrega o trevo de quatro folhas na cauda.

“O preço da venda não é a peça chave, e sim as conexões, competições e empregos que estão em jogo”, disse Kieran O’Donnell, parlamentar da cidade de Limerick, há 48km do Aeroporto de Shannon, que depende de voos da Aer Lingus para conexões com Boston e o aeroporto de Londres-Heathrow. “Os obstáculos são grandes para a Irlanda”.

Sob os termos propostos, a IAG não venderia os 23 slots pertencentes a Aer Lingus no Heathrow e a companhia permaneceria baseada na Irlanda. A IAG também se comprometeu em operar todos os slots da aérea com rotas para a Irlanda pelos próximos 5 anos.

Conselho da Aer Lingus já aceitou proposta

O Conselho de Administração da Aer Lingus afirmou, no dia 27 de janeiro, que aceitaria a última oferta de compra feita pelo IAG, que chega a US$ 2,85 por ação, totalizando cerca de US$ 1,52 bilhão pela aérea.

O Conselho formado por 11 membros enfatizou, ainda, que a proposta também precisa ser aceita pelos dois maiores acionistas da aérea irlandesa: a Ryanair Holding Plc (29,8% do share) e o próprio Governo Irlandês (25%). Por outro lado, a Ryanair não descartou a possibilidade de propor outra licitação para a Aer Lingus, assegurando que o futuro da companhia aérea seria melhor ao lado de outra empresa irlandesa.