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Aviação

Latam aposta na estabilidade e mantém projeto de hub no Nordeste de pé

Claudia Sender, CEO da Latam Brasil (FOTO: Eric Ribeiro)

Claudia Sender, CEO da Latam Brasil (FOTO: Eric Ribeiro)

A Latam Brasil segue apostando todas as suas fichas na retomada natural do crescimento do transporte aéreo já a partir deste ano. Tanto é que o desejo é aumentar em até 50% o número de passageiros embarcados até 2020. A afirmação foi feita pela própria presidente da Latam Brasil, Cláudia Sender, em entrevista ao portal G1. A executiva elucidou as estratégias de crescimento da empresa no Brasil para os próximos anos, assim como o panorama da indústria da aviação comercial brasileira.

De acordo com Cláudia Sender, ” a crise econômica teve um impacto duplo para a aviação. Primeiro, reduzindo muito a demanda e trazendo os preços muito para baixo. O passageiro corporativo reduziu muito o número de viagens por conta da redução de custos de todas as empresas. O passageiro lazer postergou seus planos de viagens e trocou uma viagem internacional por uma viagem mais curta. Do ponto de vista dos custos, de 2011 para cá, o dólar foi de R$ 1,70 para mais de R$ 3,80. Tivemos uma explosão nos nossos custos. O combustível nos últimos 12 meses terminando em janeiro de 2016 subiu mais de 70%. A aviação foi impactada tanto do ponto de vista de receita quanto de custo”, disse.

Para se adequar a esta crise, Cláudia acredita que a principal adequação da Latam Brasil foi a famosa e severa redução da oferta, que vem sendo implementada desde 2013 e que ficou mais próxima de 12% em 2016. No entanto, a executiva acredita em uma certa estabilidade no mercado doméstico brasileiro para este ano. “Obviamente isso vai depender muito do cenário macroeconômico deste ano, como ele vai se desenrolar. Aqui na Latam a gente acredita muito fortemente que o Brasil vai voltar a crescer e que as empresas que estiverem mais sólidas e mais preparadas vão ser aquelas que vão liderar o crescimento, mas de maneira sustentável e rentável”.

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A presidente da Latam Brasil coloca nas mãos das políticas públicas a retomada da rentabilidade do setor

A presidente da Latam Brasil coloca nas mãos das políticas públicas a retomada da rentabilidade do setor. “Existem uma série de desafios do nosso segmento que estão em discussão no Congresso nacional para que a gente possa ter o mesmo nível de eficiência que todas as empresas do mundo. Existem discussões que partem da jornada de trabalho de um aeronauta (pilotos e comissários) até por quanto que a gente paga de ICMS sobre o querosene de aviação. São dois temas em que o Brasil está muito descolado da média mundial e que faz com que nosso negócio seja muito protecionista e pouco competitivo quando comparado com outras empresas do globo”.

Cláudia Sender abordou ainda um assunto que vem gerando boatos nos últimos anos, que é o estabelecimento do hub no Nordeste. Questionada sobre o andamento do projeto, a executiva afirmou que está de pé.  “A região Nordeste está estrategicamente localizada na esquina do continente. A região tem tudo para condensar toda a demanda de transporte aéreo da América do Sul para a Europa e África. Obviamente, nós esperamos que a demanda retome para que esse projeto ganhe corpo. Outra questão em aberto é a concessão dos aeroportos. Nós estamos na expectativa que a estrutura dos aeroportos no Nordeste tenha uma melhoria significativa para que a gente possa tomar nossa decisão final”, disse.

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