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Roberto Alvo, CEO do Grupo Latam Airlines
O Grupo Latam alcançou um novo e importante marco nesta quarta-feira (12), ao anunciar um financiamento necessário para o pagamento do seu financiamento DIP (debtor-in-possession). De acordo com a empresa, trata-se dos últimos passos para deixar o processo de Chapter 11 do Código de Falências dos Estados Unidos já na primeira semana de novembro. Até então, a projeção da Latam era deixar a recuperação judicial em algum momento do último trimestre do ano.
A Latam Brasil, por exemplo, deixará a recuperação judicial sem dívidas e com uma fortaleza financeira “incomparável”. “Num contexto desafiador e dinâmico, estamos no caminho para concluir o financiamento exigido pelo Plano de Reestruturação. Nas próximas semanas, esperamos sair do Capítulo 11 com US$ 2,2 bilhões de liquidez e uma redução da dívida de cerca de 35% em relação ao que tínhamos quando começamos esse processo”, disse o CEO da Latam, Roberto Alvo.
“Esperamos sair do Capítulo 11 com US$ 2,2 bilhões de liquidez e uma redução da dívida de cerca de 35% em relação ao que tínhamos quando começamos esse processo”
O otimismo com relação à data tem a ver com a precificação da oferta de US$ 450 milhões de valor principal das notas garantidas sênior com vencimento em 2027, com um cupom de 13.375%, a um preço de emissão de 94.423% e o valor principal de US$ 700 milhões de notas garantidas sênior com vencimento em 2029, com um cupom de 13.375%, a um preço de emissão de 93.103%, feita em parceria do Grupo Latam com a Professional Airline Services Inc. – subsidiária de propriedade total da Latam.
Além disso, a companhia precificou o financiamento a prazo de US$ 1,1 bilhão, com uma taxa de juros, a sua escolha, de ABR + 8,50% ou Prazo Ajustado SOFR + 9,50% após a saída do Capítulo 11, sendo que antes da data efetiva, a taxa será de ABR + 8,75% ou Prazo Ajustado SOFR + 9,75%.
E como a transação está estruturada, o financiamento a prazo (que representa, aproximadamente, metade de todo o financiamento) poderá ser pago ao valor de face a partir do terceiro ano. A companhia também obteve uma linha de crédito rotativa de cerca de US$ 500 milhões.
