RIOgaleão receberá R$ 270 milhões em incentivo para fomentar voos e geração de empregos

Prefeito do Rio, Eduardo Paes, assina acordo de cooperação técnica em cerimônia realizada no Palácio da Cidade (Rafael Torres/M&E)

RIO DE JANEIRO – A Prefeitura do Rio de Janeiro, em parceria com a RIOgaleão, lançou nesta terça-feira (9), no Palácio da Cidade, em Botafogo, um acordo de cooperação para geração de incentivos ao setor aeroportuário. O acordo prevê investimentos de aproximadamente R$ 300 milhões em promoção, a fim de criar mais rotas e frequências para o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Galeão (GIG), bem como gerar mais empregos em todo o terminal.

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O acordo de cooperação técnica para, junto com as companhias aéreas, promover o destino Rio de Janeiro, foi assinado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, pelo secretário de Estado de Turismo, Gustavo Tutuca, o secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões, e pelo presidente do RIOgaleão, Alexandre Monteiro. A ideia é que a prefeitura do Rio e o governo do estado invistam cerca de R$ 150 milhões, enquanto o RIOgaleão arque com outros R$ 120 milhões. A previsão é que o acordo não só crie novas rotas, mas gere cerca de 650 mil empregos no estado até 2034, além de fazer com que o terminal receba  cerca de 14 milhões de passageiros ainda em 2024, retomando o patamar atingido em 2019.

A ideia é que a prefeitura do Rio e o governo do estado invistam cerca de R$ 150 milhões, enquanto o RIOgaleão arque com outros R$ 120 milhões. A previsão é que o acordo não só crie novas rotas, mas gere cerca de 650 mil empregos no estado até 203

O prefeito Eduardo Paes considerou a assinatura do acordo com a RIOgaleão para a promoção do Destino Rio fundamental para a retomada não somente do aeroporto internacional, mas da economia da cidade e do estado do Rio de Janeiro. “São cerca de R$ 300 milhões para difundir nossos destinos no país e no exterior. Vamos trabalhar também com vocês empresas aéreas que, ao mesmo tempo, terão muito o que ganhar com essa promoção”, observou.

“São cerca de R$ 300 milhões para difundir nossos destinos no país e no exterior. Vamos trabalhar também com vocês empresas aéreas que, ao mesmo tempo, terão muito o que ganhar com essa promoção”

Chicão Bulhões, secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, falou sobre as políticas estruturantes que estão sendo adotadas no município do Rio e, dentre as mais importantes destacou a recuperação DO Galeão, de modo a “colocar a economia do Rio em pé”, com os investimentos públicos e privado. “E ainda vamos contar com participação das companhias Gol, Latam e Azul nesse trabalho de promover o Rio de Janeiro em todos os cantos do país e do mundo”, completou.

O prefeito Eduardo Paes com executivos de Azul, Gol, Latam, RIOgaleão, FecomércioRJ

O secretário Gustavo Tutuca destacou que sempre trabalhou em conjunto com seus colegas pelo equilíbrio na relação GIG-SDU. “E depois de muito embate, chegamos a esse resultado que beneficia a todos e torna os dois aeroportos viáveis. Com a assinatura desse acordo de cooperação vamos continuar trabalhando duro na promoção do Rio, nas melhorias de acesso ao aeroporto Galeão e na implantação da Tax Free, que lideramos nas discussões e vamos ser, certamente, o primeiro estado brasileiro em breve a colocar em prática”.

Para Alexandre Monteiro essa iniciativa anunciada nesta manhã nada mais é que o começo da arrancada do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro para 2024. Entre outros números que já podem ser comemorados, o executivo destacou o crescimento de 14 para 24 novas rotas domésticas, incluindo também mais 10 destinos partindo do Galeão e a recuperação de todos os destinos internacionais operados na pré-pandemia. “Agora estamos focados em aumentar os assentos e ampliar os 23 destinos internacionais que já atendemos”, observou.

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro

GALEÃO NO TERMINAL 1 – Galeão já opera cinco gates no Terminal 1 desde o início de 2024, resultado também de investimentos da ordem de R$ 50 milhões no ano passado e de R$ 110 milhões previstos para este ano. Monteiro igualmente destacou o trabalho conjunto com a Prefeitura e Estado do Rio em ações já colocadas em prática e futuras, como BRT, sinalização viária, mobilidade e segurança. “Todos os entes estamos seguros e certos de que a união, colaboração e trabalho conjunto para a recuperação definitiva do Galeão é importante para a economia e o setor de turismo em particular”.

FECOMÉRCIO RJ – A Fecomércio RJ se engajou ativamente na luta pela equalização das vocações do SDU e GIG. Pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) com usuários do Santos Dumont revelou que 56% deles não viam problema em utilizar o Galeão. Em sendo praticado um preço menor no valor das passagens, esse percentual subia para 76%. Neste caso, a facilidade de acesso aéreo é considerada um dos postos-chave na atração de novos negócios.

FUNDO DE FOMENTO DE 300MI PARA O GALEÃO, ATRAINDO MAIS VOOS PARÁ NOSSO AEROPORTO INTERNACIONAL.

Em cerimônia hoje no Palácio da cidade com a presença dos presidentes das 3 cias aéreas brasileiras – @VoeGOLoficial @azulinhasaereas @LATAM_BRA e da @RIOgaleao celebramos a retomada… pic.twitter.com/k2HMgMEKmR

— Eduardo Paes (@eduardopaes) January 9, 2024

Azul

Fábio Campos, diretor de Relações Institucionais da Azul

Fábio Campos, diretor de Relações Institucionais da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, disse que o Rio de Janeiro sempre teve um papel grande desde o início das operações da companhia. “Ao longo desses anos alcançamos resultados positivos e, claro, o compromisso da Azul é com o Rio de Janeiro”. A aérea já está com nova malha e cinco novos destinos partindo do Galeão e isso é só o início nesta nova realidade que se impõe a partir do novo momento do Galeão.

A Azul já definiu a malha aérea que operará no Rio de Janeiro a partir deste ano. A companhia ampliou em dez vezes a sua operação no Galeão também atendendo a portaria que restringe as operações no SDU. Desde o início de janeiro de 2024, o SDU só pode receber voos com até 400km de distância, sem conexão com aeroportos internacionais.

No SDU, a companhia seguirá com 13 voos diários para Congonhas. No Galeão, a companhia sairá de três decolagens para 30 voos diretos diários ligando o Galeão a Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Campina Grande (PB), Guarulhos (SP) e Campinas (SP).

Gol

Celso Ferrer, CEO da Gol Linhas Aéreas

Celso Ferrer, CEO da Gol Linhas Aéreas, foi breve em suas palavras mas, entre outros temas, lembrou que a companhia está retomando a conectividade em todo o país, gerando cada dia mais voos e, sem dúvida, avaliando o Rio de Janeiro e seu papel fundamental como destino e porta de entrada de turistas internacionais.

A Gol também definiu, em dezembro, a malha aérea que será operada nos aeroportos do RIOgaleão e SDU neste primeiro trimestre do ano, válidas a partir de 15 de janeiro. A decisão veio após a decisão do governo federal de acabar com o limite de distância para voos no aeroporto SDU, estabelecendo em seu lugar o teto de 6,5 milhões de passageiros por ano a partir de janeiro de 2024.

Durante o primeiro trimestre, a Gol terá mais de 500 decolagens semanais na cidade do Rio de Janeiro, com 330 no RIOgaleão e 170 no SDU, cuja operação será dedicada exclusivamente à ponte aérea com o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e com o aeroporto de Brasília, atendido com três voos diários a partir de 15 de janeiro. Tanto a capital federal como o aeroporto paulistano também serão atendidos com voos para o Galeão (18 voos semanais para Congonhas e 31 para Brasília).

Latam

Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil

Jerome Cadier, CEO da Latam Airlines, anunciou que em 2023 a companhia aumentou em 25% suas operações no Galeão e, para o primeiro trimestre de 2024 a tendência é de um crescimento 120% maior que no ano passado. “As companhias aéreas sozinhas não fazem nada. Hoje dependemos de todos, unidos, de um caminho integrado para desenvolver a malha viária, incluindo o caminho político. A ideia é fazer e ter cada vez mais um Rio de Janeiro forte, passando inclusive pela recuperação plena do Galeão”.

Em outubro de 2023, a companhia alterou seus voos para atender as restrições operacionais do aeroporto Santos Dumont (SDU). A Latam previu triplicar a sua oferta doméstica de assentos no Galeão e ampliar em 5% a sua oferta total de assentos (doméstica e internacional) em todo o Rio de Janeiro durante o primeiro trimestre deste ano. A partir deste mês de janeiro de 2024, a Latam vai operar no SDU apenas o voo direto para Congonhas. Com isso, viagens entre Rio de Janeiro e Navegantes, Goiânia, Florianópolis e Curitiba só serão possíveis por meio de conexão em Congonhas.

Acesso exclusivo ao RIOgaleão

Até o final de janeiro haverá uma faixa exclusiva de 2,2 quilômetros de extensão na Linha Vermelha para acesso exclusivo de veículos à Ilha do Governador (Divulgação)

Até o final de janeiro haverá uma faixa exclusiva de 2,2 quilômetros de extensão na Linha Vermelha para acesso exclusivo de veículos à Ilha do Governador. A medida tem por objetivo ordenar o tráfego na via expressa, em função do esperado aumento dos voos previstos para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). A faixa irá funcionar na pista sentido Baixada Fluminense da Linha Vermelha, no trecho entre a Ponte Oswaldo Cruz (Linha Amarela) e o acesso para a Ilha do Governador.

O acesso deverá ser feito somente por veículos provenientes da Linha Vermelha e que tenham como destino ao Galeão. Para garantir que a faixa exclusiva seja respeitada, fiscalização eletrônica será implantada.

A medida será adotada para atender um aumento diário médio de 30% na quantidade de veículos em direção à Ilha do Governador. Em 2023, um terço do fluxo diário (30.000 veículos/dia) da Linha Vermelha seguia para a Ilha do Governador, e dois terços (60.000 veículos/dia) tomava a direção da Baixada Fluminense. Com o aumento do fluxo do aeroporto, espera-se que essa balança sofra alteração, com mais veículos seguindo para a Ilha do Governador.

O conceito da faixa exclusiva é organizar os fluxos e dar maior fluidez tanto para quem vai em direção à Ilha, quanto para quem vai em direção à Baixada. Das quatro faixas existentes no trecho, apenas uma será dedicada para a Ilha do Governador, fato que não prejudicará os veículos em direção à Baixada.

GALERIA:

Fotos: Rafael Torres/M&E