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Destinos / Feiras e Eventos

Vistos e mais: US Travel aponta entraves que impedem crescimento do turismo internacional

Geoff Freeman presidente do US Travel Vistos e mais: US Travel aponta entraves que impedem crescimento do turismo internacional

Geoff Freeman, CEO da US Travel Association, destacou problemas com vistos e com a alfândega, citou a concorrência com outros destinos e prometeu soluções

LOS ANGELES – Numa avaliação objetiva, o presidente da US Travel Association, Geoff Freeman, em conferência de imprensa nesta segunda-feira (6), no IPW 2024, apontou problemas que impedem que os Estados Unidos recebam ainda mais visitantes internacionais, entre eles a demora na emissão de vistos que, em muitos países, pode chegar a 800 dias de espera.

“Os Estados Unidos continuam sendo a nação mais desejada do mundo para se visitar. Mas, no final de 2019, tínhamos 79 milhões de visitantes internacionalmente. No final de 2023, tínhamos 67 milhões, apenas 84% dos níveis pré-pandêmicos. Temos que descobrir o que vamos fazer a respeito”, disse Freeman.

“Temos sérios problemas no lado do turismo internacional que precisamos resolver. Alguns desses problemas estão dentro do nosso controle. E alguns desses problemas estão fora do nosso controle”

De acordo com ele, antes da pandemia, o país tinha um superávit de comércio de viagens de US$12 bilhões, no final do ano passado um déficit de US$ 50 bilhões. “Temos sérios problemas no lado do turismo internacional que precisamos resolver. Alguns desses problemas estão dentro do nosso controle. E alguns desses problemas estão fora do nosso controle. Não há muito o que podemos fazer sobre a força do nosso dólar. Não há muito o que podemos fazer sobre as limitações de voar sobre o espaço aéreo russo no momento, que é um grande inibidor para trazer viajantes asiáticos para os Estados Unidos. Mas há muito que podemos fazer sobre questões que controlamos”, avaliou.

Vistos: Brasil é exemplo a ser seguido

Um problema que a US Travel tenta resolver há tempos é a diminuição do tempo de espera para emissão de vistos. “O tempo de espera para visto, as ineficiências alfandegárias que os viajantes enfrentam ao tentar fazer uma conexão e ter que restringir suas malas ao entrar nos Estados Unidos. Nessas áreas podemos fazer a diferença. Do lado dos vistos, verifiquei hoje de manhã. Se você estiver na Colômbia e quiser vir aos EUA, o tempo de espera é de mais de 600 dias, se você estiver no México, o tempo de espera é de mais de 800 dias. Se você estiver na Índia, o tempo de espera foi reduzido para 200 dias”, revelou.

Já a experiência no Brasil foi usada como exemplo a ser seguido. “Se você estiver no Brasil, o tempo que era de 500 dias agora passou a ser 21 dias. Isso nos mostra que pode ser feito quando o Departamento de Estado usa sua engenhosidade e fica criativo. Coloca recursos nos lugares certos. Este problema pode ser resolvido, mas está acontecendo há tempo demais. Precisa ser resolvido agora. Desafiamos a administração a estabelecer uma meta de 30 dias ou menos para processar todos os vistos em qualquer consulado ao redor do mundo”.

“Se você estiver na Colômbia e quiser vir para os Estados Unidos, o tempo de espera é de mais de 600 dias, se você estiver no México, o tempo de espera é de mais de 800 dias”

ALFÂNDEGA – As questões que envolvem a alfândega também não foram esquecidas. “Muitos viajantes estão esperando mais de duas horas para entrar nos Estados Unidos após passarem de 10 a 12 horas em um voo apenas para aterrissar. Não há nada mais previsível do que a hora em que os aviões vão pousar. Podemos alocar pessoal adequadamente. Podemos usar tecnologia. Podemos demonstrar um compromisso em resolver esses problemas”, ressaltou Geoff Freeman.

Concorrência com outros destinos

O presidente da US Travel ainda apontou que além dos problemas internos, os Estados Unidos ainda precisam lidar com os demais países na conquista dos visitantes internacionais. “Sabemos que os outros países ao redor do mundo percebem que é preciso fazer mudanças significativas, é preciso perceber que é um ambiente competitivo para atrair viajantes. Eles estão fazendo coisas, seja o Canadá, o Reino Unido, a Turquia ou outros países ao redor do mundo. Eles estão colocando medidas para atrair viajantes para longe dos Estados Unidos”, afirmou.

Segundo ele, trata-se de uma grande batalha. “Eles estão olhando para o país onde temos mais tempo de espera para visto e estão permitindo que esses viajantes entrem sem visto. Eles estão buscando oportunidades para permitir que as pessoas mantenham seus sapatos ou líquidos em suas bolsas ao passar pela triagem de segurança. São esses tipos de medidas que tornarão esses países mais competitivos. São esses tipos de medidas que vão atrair viajantes dos Estados Unidos”, exemplificou.

Soluções

A US Travel vem trabalhando para buscar soluções aos problemas citados. “ No início deste ano, para lidar com isso, criamos uma comissão para apresentar ideias que nosso governo pode adotar para tornar os EUA mais competitivos, para garantir que os EUA recebam sua parte de viajantes internacionais. Essa comissão está viajando pelo país, olhando para situações em nossos aeroportos e outros lugares para descobrir como podemos ser mais competitivos e estou cautelosamente otimista de que a administração e os governantes estão acordando e atendendo ao nosso apelo para resolver essas questões”, disse.

“Criamos uma comissão para apresentar ideias que nosso governo pode adotar para tornar os EUA mais competitivos, para garantir que os EUA recebam sua parte de viajantes internacionais”

A US Travel esteve em Atlanta com líderes da TSA para examinar novas tecnologias que podem acelerar as pessoas através do ponto de controle da TSA em seis segundos ou menos. “Ontem também estivemos no Aeroporto de Los Angeles, com oficiais de controle de fronteiras e alfândega, olhando para sua última tecnologia, olhando para seus esforços para trazer mais viajantes através da triagem automatizada, não precisando se encontrar com oficiais de alfândega e entrar nos EUA mais rapidamente. E algumas semanas estivemos na Casa Branca, com o chefe de gabinete do presidente, o conselheiro de segurança nacional, o secretário de Transportes falando sobre a importância de todas essas questões”, finalizou.

O M&E viaja com proteção GTA e apoio da Shift Mobilidade Corporativa.

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