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Aviação

Retomada do tráfego internacional aos níveis de 2019 só deve acontecer em 2024

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De acordo com a Iata, quando a recuperação começar, a retomada deve ter início pelas viagens domésticas

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), em nova análise, revelou que os danos causados pela Covid-19 às viagens aéreas se estendem no médio prazo, com impacto maior nas viagens internacionais/de rotas longas. Segundo a associação, as medidas de quarentena prejudicariam ainda mais a confiança nas viagens aéreas. Uma abordagem em camadas baseada no risco envolvendo medidas de biossegurança é fundamental para a retomada do setor, acredita a Iata.

De acordo com a Iata, quando a recuperação começar, a retomada deve ter início pelas viagens domésticas. Segundo uma pesquisa da associação realizada em abril de 2020 com viajantes aéreos recentes, 58% deles apresentaram alguma ou alta probabilidade de fazer viagens domésticas inicialmente. A recuperação do tráfego doméstico nos níveis de 2019 deve ocorrer em 2022 e do tráfego internacional, em 2024.

A Iata e a Tourism Economics elaboraram dois cenários para o setor de viagens aéreas (confira abaixo).

“Os impactos da crise nas viagens de rotas longas serão muito mais graves e devem durar mais do que o impacto esperado nos mercados domésticos. Com isso, padrões de biossegurança globalmente implementados e acordados se tornam ainda mais importantes. Temos pouco tempo para evitar as consequências de medidas unilaterais descoordenadas que marcaram o período logo após o 11 de setembro. Temos que agir rápido”, disse Alexandre de Juniac, CEO da Iata.

Evitar medidas de quarentena

A Iata pede aos governos que encontrem alternativas às medidas de quarentena no destino como parte das restrições de viagem pós-pandemia. Segundo a pesquisa realizada pela Iata em abril de 2020 com viajantes aéreos recentes:

  • 86% dos viajantes estavam um pouco ou muito preocupados em ficar em quarentena durante a viagem;
  • 69% dos viajantes recentes não viajariam se a viagem envolvesse um período de quarentena de 14 dias.

A proposta da Iata de uma abordagem temporária em camadas e baseada no risco para fornecer aos governos a confiança necessária para que abram suas fronteiras sem colocar em quarentena as chegadas de voos inclui: impedir viagens de quem apresenta sintomas da Covid-19 por meio de medição de temperatura e outras medidas. E abordar os riscos de viajantes assintomáticos com os governos, gerenciando um sistema de declarações de saúde e rastreamento vigoroso de contatos.

Cenário de retomada básica

  • Depende da abertura dos mercados domésticos no terceiro trimestre, com abertura gradual ainda mais lenta dos mercados internacionais. Este cenário limitaria a recuperação das viagens aéreas, apesar da maioria das previsões indicando forte recuperação econômica no final deste ano e durante 2021;
  • Em 2021, a Iata estima que a demanda global de passageiros ficará 24% abaixo dos níveis de 2019 e 32% menor que a previsão de passageiros aéreos para 2021 elaborada pela associação em outubro de 2019;
  • Estimamos que os níveis de 2019 serão superados somente em 2023;
  • Com a abertura dos mercados internacionais e recuperação das economias, haverá crescimento das viagens aéreas em relação aos números mais baixos de 2020. Mas, mesmo em 2025, a Iata estima que tráfego global deve ficar 10% abaixo da previsão anterior.

Cenário pessimista

  • Este cenário está baseado na abertura mais lenta das economias e no relaxamento das restrições de viagem, com bloqueios se estendendo até o terceiro trimestre, possivelmente devido a uma segunda onda do vírus. Isso atrasaria ainda mais a recuperação das viagens aéreas;
  • O tráfego global em 2021 pode ficar 34% abaixo dos níveis de 2019 e 41% abaixo da previsão anterior para 2021.
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