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Aviação

Venda da MAP garante VoePass pelos próximos dois anos, afirma CEO

Eduardo Busch

Eduardo Busch: “Processo de retomada em Congonhas iria consumir novamente um investimento pesado”

A compra da MAP Transportes Aéreos pela Gol, anunciada no início do mês, foi representativa não só pela entrada da gigante da aviação brasileira no mercado regional com uma companhia própria, mas também pela transferência de todos os slots (horários de pouso e decolagem) em Congonhas da proprietária da MAP, a VoePass.

Pelo lado da VoePass, a venda significou não só um alívio financeiro, mas também operacional, pois tirou da companhia a necessidade manter uma regularidade em Congonhas, que no cenário da pandemia não seria viável financeiramente. O CEO da VoePass, Eduardo Busch falou sobre o impacto da pandemia nesta decisão durante sua participação no 13º Congresso Brasileiro de Convention & Visitors Bureaux.

“A gente teve uma transformação no perfil da empresa desde 2019, quando ocorreu a distribuição dos slots em Congonhas. Acabamos ganhando uma relevância no mercado nacional, ainda mais com a aquisição da MAP. Fizemos uma operação na primeira temporada que foi um sucesso para gente. Mas quando veio a pandemia a gente teve uma preocupação muito grande sobre fazer a retomada desta operação. Sabemos que o mercado mudou e o mercado corporativo mudou, por isso um processo de retomada em Congonhas iria consumir novamente um investimento pesado, que já tínhamos feito em 2019. Nesse cenário, buscamos uma solução, que foi trazer um benefício econômico com a venda de toda esta operação pra a Gol”, afirmou.

Busch destaca ainda que o negócio, que ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), garante as operações e o crescimento da companhia pelos próximos dois anos.

“É importante ressaltar que essa operação é muito estratégica para a continuidade da VoePass. Estruturamos essa venda de uma maneira que vai tirar da empresa uma série de obrigações de curto prazo que pesavam demais nas operações. Ela alivia a necessidade de retomada que teria em Congonhas e permite um crescimento sustentável pelos próximos dois anos, retomando os patamares que a gente esperava ter cumprido em 2020.

O negócio entre VoePass e Gol foi fechado por R$ 28 milhões, que resultaram na venda da MAP e no repasse dos 22 slots em Congonhas. Com isso, a Gol, que atualmente é a segunda companhia em número de slots no terminal, com 234, atrás apenas da Latam (236), assumirá a liderança com folga, chegando a quase 48% (47,6%) dos horários de pouso e decolagem.

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