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Hotelaria

Debate sobre viagens corporativas foi pauta do Encontro Fohb

Fanny Cutrale, Alberto Moane, João Bueno, Rodrigo Napoli e Ronaldo Linares

Fanny Cutrale, Alberto Moane, João Bueno, Rodrigo Napoli e Ronaldo Linares

O segundo debate do 13 Encontro Comercial Fohb discutiu as viagens coporativas. Na pauta, a preparação das empresas para os grandes eventos esportivos; as políticas das empresas para as viagens; o papel das TMCs nas negociações; tarifa flutuante; parceria preferencial; entre outros assuntos. Participaram do debate Alberto Moane, da Alatur; João Bueno, da ITM; Rodrigo Napoli, da Avianca; Ronaldo Linares; e Fanny Cutrale, da InterCity Hotéis como mediadora. O debate teve momentos acalorados, onde assuntos delicados entre os participantes foram abordados. 

No início do painél, foi discutido os grandes eventos esportivos e a preparação das empresas para esse período, que segundo especialistas, terá uma retração de viagens corporativas. “Não podemos deixar de atender nossa agenda, mas com certeza as políticas de viagens terão que ser flexibilizadas, como uso de tarifas e categorias mais elevadas e ainda aumento de contratos para atender as demandas – já que os hotéis estarão lotados de turistas”, disse Linares. Uma das preocupações das empresas, segundo ele, é a falta de controle do investário hoteleiro – que está nas mãos de organismos internacionais durante esse período de eventos (Copa e Olimpíadas). “Não podemos deixar acontecer o mesmo da Rio + 20. Já estamos atrasados na divulgação do tarifário a ser cobrado e das unidades habitacionais que serão disponibilizadas”, disse.


Outra tema abordado foi sobre as TMCs e seu papel nas negociações. Para Bueno, o papel das TMCs mudaram e agora elas também são consultorias. Se defendendo das críticas dos hoteleiros em relação não aplicação das parcerias preferenciais que as empresas possuem com a hotelaria, Bueno disse que o problema está na garantia que essas parcerias podem proporcionar. “Procuramos sempre parceiros que garantam o serviço para que não sejamos responsabilizados por eventuais danos causados aos clientes. Porque frente a Lei Geral do Turismo e do Código de Defesa do Consumidor a agência tem responsabilidade de tudo que ocorre com os clientes”, explicou.

Outro assunto bastante polêmico levantado foi em relação a compra das TMCs direto com os consolidadores. Bueno mais uma vez se defende dizendo que isso é apenas para eliminar burocracias. “Diariamente recebemos milhares de faturas de hotéis. A busca por uma consolidadora nada mais é do que simplificar o nosso processo”, justificou. Ele ainda sugeriu como solução a aplicação do faturamento descendial – como utilizam as aéreas. Esse faturamento consiste em um crédito para as agências que variam de R$ 10 mil a alguns milhões. “O fechamento ocorre a cada dez dias e o pagamento da fatura a cada 13 dias. Tudo feito online”, explicou Napoli, da Avianca.   

A tarifa flutuante também foi debatida e Linares disse que esse conceito não é entendido pelas empresas, e ainda mais, não é aceito por elas. “Falta conhecimento por parte das empresas, que enxergam o modelo como uma forma de ganho dos hotéis, e os hoteleiros também não conseguem explicar direito o conceito”, disse. Finalizando os participantes fizeram suas conclusões que foram unânime: é preciso ter transparência nas parcerias e a busca de novos modelos híbridos dessas parcerias. 
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