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Brasil firma-se como destino alvo de estudantes estrangeiros

Em oito anos o número de vistos concedidos para estrangeiros que querem estudar no Brasil mais que dobrou, passando de 5.770 para 12.547 emissões. E, diante das indicações que apontam para que o mercado continue crescendo, a indústria se aquece. Em 2013, o Ministério do Turismo mostrou através do estudo “Demanda
Turística Internacional” que dos 4,5 milhões de turistas estrangeiros
que vieram ao Brasil em 2012 quase 100 mil escolheram o país pelas
oportunidades de cursos.

Para Carlos Robles, presidente da Belta (sigla em inglês para Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais), um dos fatores que impulsionam o crescimento é o interesse por aprender a língua, especialmente para aqueles que visam no futuro fazer algum tipo de negócio com o Brasil, um dos mercados emergentes mais atraentes do mundo. Além disso, Robles destaca que a cultura, a natureza e o modo de vida do brasileiro também atraem estrangeiros. “Essa experiência faz com que os estudantes entendam quais são as oportunidades e dificuldades de fazer negócios com o Brasil, uma característica que é valorizada em empresas internacionais interessadas em estreitar relações com nosso país”, disse Robles.
 
Pensando no mercado receptivo educacional e nas perspectivas de crescimento, a Belta criou, em janeiro deste ano, o departamento de Inbound, que contribuirá para o fortalecimento e promoção do Brasil no exterior. “O crescimento do turismo receptivo aumentará o interesse dos estrangeiros em aprender português. Percebemos, inclusive, que no Brasil tem aumentado gradualmente o número de escolas de ensino de português, de programas ofertados por agências de intercâmbio e até mesmo as cooperações de universidades brasileiras com as internacionais”, diz Robles. Todos os membros do departamento de Inbound têm o selo “Study in Brazil by Belta”, criado e gerido pela Belta para atestar empresas e instituições brasileira no Brasil e no exterior. “Nesse momento, a Belta percebe a importância de assegurar a continuidade de ações como a do ‘Study in Brazil’, acreditando que é chegada a hora de fomentar o segmento de intercâmbio para o Brasil”, diz Robles.

A São Paulo Turismo (SPTuris), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), mapeou o perfil do estudante internacional na pesquisa “Perfil dos Estudantes Estrangeiros na Universidade de São Paulo”, que mostrou que a maioria dos intercambistas têm de 18 a 24 anos (73%) e gastam em média R$ 1.188 por mês.
 
Para atrair mais estrangeiros, o Brasil investiu em 2010 R$ 63 milhões em programas de cooperação internacional para incentivar a educação do país, sendo que R$ 31 milhões foram gastos para custear o ensino superior para estrangeiros em instituições públicas e privadas. Esses dados fazem parte do primeiro levantamento anual “Cooperação para o Desenvolvimento Internacional” divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em agosto de 2013.
 
No relatório “Open Doors”, feito pela organização IIE (sigla em inglês para Instituto de Educação Internacional), em parceria com o Departamento de Estado norte-americano, o Brasil ficou como o 14º destino que mais recebe universitários americanos. De 2012 a 2013, 4.060 americanos vieram estudar no Brasil, um significativo aumento de 16,5% no período de um ano. Nas primeiras colocações de países que mais receberam estudantes universitários norte-americanos de 2012 a 2013 estão: Reino Unido (34.660 mil estudantes), Itália (29.645 mil estudantes) e Espanha (26.480 mil estudantes). Atrás do Brasil está o México (3.815 mil estudantes).

Lia Bianchini

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