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Estudo aponta que 280 mil brasileiros viajaram para estudar em 2012

Balanço realizado pela Belta (Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais), juntamente com as agências de intercâmbio associadas, apontou que o mercado de educação internacional se manteve estável em 2012. Para o presidente da associação, Carlos Robles, o brasileiro tem percebido a importância de investir em estudos no exterior.

Duzentos e quinze mil brasileiros viajaram para estudar fora do país em 2011, de acordo com a pesquisa feita pela Belta. Em 2012, a associação estima que este número alcance 280 mil estudantes. Este fator está atrelado ao fato de o Brasil ter conseguido um leve crescimento econômico, mesmo com os efeitos da economia global, com a crise na Europa, desaceleração na China e período de recuperação nos Estados Unidos.

As agências também notaram que o público mudou. Segundo a coordenadora da World Study, Tuliany Teixeira, a agência passou a atender um perfil de estudante que procura por cursos mais curtos: “Nosso público passou a ser o estudante acima dos 22 anos e que procura por cursos de quatro a oito semanas de duração. Antes, a maior procura era por programas mais longos, com 12, 16 ou mais semanas”.

O presidente da Belta destaca que, apesar da maioria dos intercambistas terem entre 18 e 30 anos, em 2012, foi notada a presença de um público com idade mais avançada, acima dos 45 anos. “Estes estudantes têm se interessado por programas de idiomas aliado com algum curso adicional, como culinária, história da arte e até esportes específicos como golfe”.

Quando o assunto é destino, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido lideram a lista dos países mais procurados. Mas há uma forte tendência, apontada por algumas agências de que a Nova Zelândia e África do Sul despontem com grande procura em 2013. ”Na World Study, a busca por cursos na África do Sul teve um aumento de 35% em relação a 2011”, disse a coordenadora. O país sul-africano vem crescendo como destino para estudar inglês e, ao mesmo tempo, atuar no campo de trabalho com estágios não remunerados.

As mudanças nas regras dos consulados também são outro fator que devem ser levados em consideração. Uma delas afetou diretamente quem pretendia viajar para a Nova Zelândia. O requerimento para o visto de estudante, que anteriormente era enviado para análise na embaixada neozeolandesa em Brasília, não será mais realizado em nosso país. Os brasileiros agora devem enviar as solicitações para a Embaixada da Nova Zelândia em Washington o que, além de encarecer o processo, demora mais para ser analisado e reenviado ao Brasil.

As projeções para 2013, em geral, são muito boas, a Belta estima que o crescimento siga entre 20% e 25% em 2013. Para Flavio Cruzoé, diretor da BEX, Brazilian Enchange, os cursos de curta duração direcionados a jovens profissionais deverão movimentar o mercado. “As escolas estão focando em cursos curtos para profissionais e em áreas específicas. Creio que essa seja a tendência para 2013”, finaliza o diretor.

Filipe Cerolim

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